O Papa Francisco concedeu a Coroação Pontifícia da imagem de Nossa Senhora da Soledade, venerada na Basílica de Mafra. Esta é, aliás, a terceira imagem em Portugal coroada canonicamente “em nome e com a autoridade do Sumo Pontífice”, depois de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, em 12 de junho de 1904, pelo núncio apostólico, monsenhor José Macchi, delegado especial do Papa Pio X, e a de Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio de 1946, pelo cardeal Masella, legado pontifício.
Segundo a Real e Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento de Mafra (RVISS), “a receção desta graça constitui um renovado incentivo no caminho até à cerimónia da coroação de Nossa Senhora da Soledade, e no incremento do culto da Santíssima Virgem a quem a Real Basílica de Mafra foi dedicada em 1730”.
A mesma irmandade defende que “o ato de coroar Nossa Senhora é reconhecer que Ela é rainha da Igreja, de Portugal e das nossas vidas. É recriar na nossa comunidade a Coroação Celeste de Maria como um memorial da sua realeza e dispormo-nos a ser, com Ela e como Ela, humildes servos do Senhor”.
Aliás, a RVISS, diz que este é um “acontecimento histórico” para Portugal, e “uma dignidade concedida a Portugal e à população de Mafra em particular” sendo ainda “um motivo de grande alegria que Sua Santidade o Papa Francisco tenha concedido tal privilégio a Nossa Senhora da Soledade de Mafra”.
Segundo a RVISS, o Cardeal Patriarca de Lisboa já felicitou Mafra. Na mensagem enviada, Manuel Clemente defende que “assim se ligam ainda mais dois motivos tão essenciais na sua basílica – a devoção mariana e a fidelidade ao Sucessor de Pedro”.
Além de Nossa Senhora do Sameiro e de Nossa Senhora de Fátima, em toda a lusofonia existem mais imagens com esta distinção: a de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e a de Nossa Senhora do Carmo do Recife, também no Brasil.
Face à situação pandémica ainda não é possível estabelecer uma data para a coroação, que será “comunicada em tempo oportuno”.