Com o turismo de portas fechadas devido à covid-19, abriu-se uma janela para o mercado de arrendamento. Sem início previsto para retomar, os proprietários de alojamentos locais viram-se obrigados a colocar as casas no arrendamento tradicional. A oferta aumentou 45%, o que contribuiu para uma queda das rendas até 10%, segundo o jornal Negócios.
“Este é um indicador da transformação temporária do arrendamento de curta duração para arrendamento de longa duração”, explicou Nils Henning, cofundador da Casafari, uma empresa que fornece uma base de dados em tempo real do mercado imobiliário em Portugal, ao Negócios.
O número de apartamentos disponíveis para arrendar cresceu “nos distritos com maior densidade populacional, como Lisboa, Porto e Setúbal”, sublinhou Nils Henning. Segundo os dados da Casafari, o aumento de 45% face ao ano passado corresponde a 37.942 casas disponíveis.
A extensão da oferta fez descer o valor das rendas entre os 5% e os 10%, “dependendo da localização e das características desse mercado”. Contudo, este cenário deverá ter os seus dias contados, considera Nils Henning, pois a transformação de alojamentos locais em casas para arrendar não será definitiva.
As associações turísticas preveem voltar ao ativo no segundo semestre de 2021, tal como o alojamento local deverá retomar às funções habituais.