A covid-19 continuará a ter impacto negativo nos transportes públicos e nas viagens internacionais. Foi esta a conclusão a que a Deco Proteste chegou após ter realizado um estudo, em colaboração com outras dez organizações europeias – da Bélgica, Espanha, Áustria, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Lituânia, Países Baixos e Eslovénia –, no passado mês de outubro, através do qual percebeu que “os consumidores vão continuar a preferir formas individuais de transporte e mais viagens locais como efeito direto da pandemia”, como é possível ler em comunicado.
De acordo com a associação, o estudo contou com a participação de 11 273 inquiridos, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, e “evidencia o decréscimo da escolha de transportes públicos, a sensação de insegurança em cada transporte face ao risco de contágio, as opções preferenciais no futuro próximo e a pouca vontade de viajar para fora da Europa”. É de referir que 51% dos entrevistados viviam em ambiente urbano, 25% numa área suburbana e 24% no campo.
Os consumidores transmitiram a ideia de que o transporte público foi o mais afetado pela pandemia de covid-19, pois: a pandemia afeta a sensação de segurança das pessoas em termos de risco de contaminação, principalmente quando se trata de formas de mobilidade em que as pessoas estão próximas umas das outras; as pessoas esperam futuramente usar mais a bicicleta ou o carro do que outros meios de transporte; as pessoas acreditam que haverá menos probabilidade de viajarem para o exterior mesmo após a crise pandémica – “esperam viajar com uma frequência maior ou menor após a crise, em comparação com os tempos pré-covid”.