O ano de 2020 tem sido rico em fenómenos estranhos e o aparecimento sem explicação de ‘monolitos’ de metal em diferentes pontos do globo está em sintonia com a época. A própria designação, que significa ‘uma só pedra’, não é exata. Elementares como vestígios pré-históricos – mas ao mesmo tempo fazendo lembrar modernas esculturas minimalistas –, trata-se de objetos que parecem ter sido feitos para durar mil anos, mas que aparecem e desaparecem sem aviso nem deixar rasto. Verticais como obeliscos, enigmáticos como a esfinge.
Do que se tratará? De uma performance artística? De mensagens vindas do espaço? De manifestações um qualquer movimento político? De uma partida? De uma mistificação?
O primeiro registo do fenómeno foi feito a 18 de novembro, quando funcionários do Departamento de Segurança Pública do estado do Utah (EUA), ao sobrevoarem o deserto para contaremos espécimes de uma espécie de caprinos na região, se depararam com um objeto prateado de grandes dimensões. Não demoraram a aparecer as teorias de que, para aparecer naquele lugar tão remoto, teria de se tratar de algo de origem extraterrestre. Uma explicação em parte inspirada no filme 2001, Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrik (1968), onde a chegada à Terra de uma pedra vinda do espaço levava os hominídeos a começaram a fabricar as primeiras ferramentas.
Não é plausível que o ‘monolito’ do Utah tivesse origem extraterrestre, mas o facto é que ainda não foi encontrada outra explicação convincente.
Enquanto se discutia a sua origem, o objeto desapareceu de forma tão misteriosa como tinha aparecido. No mesmo dia, um objeto idêntico era encontrado na Roménia.
Daí em diante foram avistados – uma expressão que é frequentemente usada para OVNIs, não para objetos sólidos cravados na terra –_‘monolitos’ nos estados da Pensilvânia e da Califórnia, e na Holanda. Em Marrocos, na Finlândia, em Manitoba, no Paraguai, na Florida e em muitos outras latitudes também apareceram blocos com características idênticas.
Ninguém sabe quem os colocou nem com que intenção. Nem sequer se se trata de uma grande operação concertada ou de uma ação original que depois foi replicada em locais diferentes.
Qual a mensagem subjacente a estes objetos estranhos e mudos? Esse é ainda um enigma por decifrar. Como se 2020 não os tivesse já suficientes.