INE. Redução da atividade económica agrava-se

Segundo a síntese de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística, variação de preços mantém-se negativa. Indicadores de confiança diminuíram em todos os setores.

Depois de ter recuperado, em parte, depois da primeira vaga, a atividade económica voltou a cair em outubro, agravando ainda essa tendência no mês de novembro, com uma queda do clima económico e dos indicadores de confiança em todos os setores de atividade, segundo revelou a síntese de conjuntura divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Segundo o INE, em novembro, o indicador de sentimento económico da Área Euro (AE) mostrou a primeira queda desde o mês de abril, altura em que os efeitos da primeira onda de pandemia “conduziram a uma redução abrupta”. “O indicador de confiança dos consumidores da AE diminuiu em outubro e novembro. Os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de +5,8% e +5,7%, respetivamente (-1,5% e -1,6% em outubro)”, diz o INE.

O gabinete de estatística revela ainda que, em Portugal, “não considerando médias móveis de três meses, a informação disponível para novembro revela uma interrupção da recuperação parcial da atividade económica observada desde maio, com um ritmo mais lento em setembro e outubro”.

Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico diminuíram em novembro em todos os setores: construção e obras públicas, comércio, serviços e indústria transformadora, verificando-se a redução com maior magnitude no primeiro caso.

Diz ainda o INE que o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco registou também uma quebra de 11,8% em novembro, em termos homólogos, “traduzindo um agravamento face ao mês anterior (decréscimo de 6,3%)”.

A queda foi verificada também nas vendas de veículos automóveis que registaram taxas de variação homóloga de -27,9% nos automóveis ligeiros de passageiros, -1,4% nos comerciais ligeiros e +16,7% nos veículos pesados (-12,6%, -15,1% e -15,0% em outubro, respetivamente).

No que diz respeito ao emprego, revelam as estimativas mensais que a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, situou-se em 7,5% em outubro, menos 0,4 pontos percentuais (p.p.) que o valor definitivo registado em setembro (7,9% em julho de 2020 e 6,5% em outubro de 2019).