Por João Lemos Esteves
Nestes tempos conturbados, o cinema – como o mundo do espectáculo e das artes em geral – continua a ser um dos setores mais afetados pela guerra que atualmente vivemos. E, paradoxalmente, apesar de ser aquele setor que mais apoia o poder político de esquerda em tempos de normalidade, não tem logrado apresentar uma voz firme, influente e consequente junto dos decisores políticos. Ou como os ditos de “esquerda” viram sempre as costas a quem os apoia…
Para nós, que somos fanáticos por cinema, as vozes que começam surgindo no sentido de encerrar cinemas em certas localidades – obtivemos a informação, por exemplo, que, em Aveiro, os cinemas estão completamente encerrados (e a NOS poderá equacionar não reabrir…). Esperamos que seja uma mentira (pouco) natalícia.
Em tal contexto, porém, há uma estreia que vale a pena ser destacada: o filme “Wonder Woman 1984”, da Warner Bros., que nos traz o universo da D.C Comics com uma das suas mais icónicas e melhores personagens (senão a melhor), numa sequela que tem acolhido aplauso generalizado da crítica (menos importante, ou nada importante) e do público (muito importante, ou a única importante).
É um filme que é imperativo ver, até por uma razão muito especial: a “Wonder Woman” é protagonizada por uma brilhante atriz, uma das estrelas mais sonantes de Hollywood e com um futuro que será certamente repleto de êxitos – Gal Gadot, nascida perto de Tel Aviv (em Petah Tikva), cidade construída ainda no século XIX com o génio criativo e criador de uma comunidade de Judeus Ortodoxos.
Gal Gadot não é apenas um exemplo de coragem e heroísmo nas películas cinematográficas que dão vida às personagens dos “comic books” que continuam a suscitar o nosso fascínio: Gal Gadot é uma verdadeira heroína, logrando ser mais “Wonder” como uma “Woman” da vida real do que a personagem que encarna.
De facto, Gal Gadot serviu na secção feminina da infantaria das “Israeli Defense Forces” (IDF), as forças armadas de Israel, como “personal combat trainer”. E não se limitou apenas a passar pelas IDF, apenas adquirindo a astúcia, a resiliência, o companheirismo, o sentido de dedicação aos outros (Mitzvah) e o amor pela Pátria, pela Eretz-Yisrael, pela Eterna Terra de Israel: Gal Gadot foi uma verdadeira combatente pela Paz e contra o terrorismo radical, servindo, em defesa de Israel, na Guerra de Israel contra o Hezbollah (que atacava através do Líbano), em 2007.
Gal Gadot não combate apenas inimigos da Paz, da Democracia, da Liberdade e da Igualdade nos ecrãs de cinema: Gal Gadot já combateu (e venceu) terroristas, os mais inimigos mais perversos que existem à face do planeta, o Hizbollah que jura morte a todos os não fanáticos como eles.
Lá no campo de batalha – defendendo a fronteira norte da única democracia e sociedade inclusiva do Médio Oriente -, a atriz israelita Gal Gadot não fez filmes: lutou e vencendo, envergando o uniforme das IDF e a responsabilidade de garantir a sobrevivência de Yisrael e a segurança de todos nós – segurança internacional! – contra uma organização terrorista ao serviço do regime bárbaro do Irão.
Por outro lado, assim se demonstra o dinamismo e a capacidade inexcedível do Estado (e da sociedade) de Israel para incluir todos – e não excluir ninguém que queira fazer parte do grande Estado de Israel, tão grande e tão poderoso como o Rei David.
Daí que as IDF, as Forças de Defesa de Israel, não excluam ninguém: são as únicas forças militares que admitem que pessoas com deficiências possam, em termos de igualdade, fazer parte dos seus quadros. Por exemplo, são conhecidas as histórias de muito meritórios soldados das IDF que são jovens autistas e que têm, por exemplo, na área de intelligence, fornecido informações preciosas.
Em Israel – e , especificamente, nas IDF – acredita-se que todas as pessoas – não importa as suas contingências pessoais ou acasos da sorte – são dotadas de qualidades singulares, de valências não replicáveis, são heróis à sua maneira. E as IDF só podem tornar-se mais fortes com a agregação de todas as qualidades, únicas e irrepetíveis, de cada pessoa. Porque, no final do dia, o que faz a grandeza das forças de defesa de um país é o heroísmo, a vontade, a motivação, o empenho e o génio de cada uma e de cada um. Por isso as IDF são um exemplo para os seus admiradores e amigos – e o maior pesadelo para os seus inimigos.
No que concerne às pessoas que professam a religião muçulmana, estas são admitidas, sem discriminações, às IDF – contudo, não são obrigadas, porque Israel reconhece a situação indelicada que é lutar contra pessoas que integram a mesma comunidade. Pretende-se evitar o dilema moral – penoso para os próprios – que se poderá colocar no campo de batalha.
Porém, o heroísmo de Gal Gadot não fica por aqui.
Se é necessária muita coragem e determinação para lutar no campo de batalha contra os inimigos de Yisrael e do mundo livre, não o é menos para defrontar todos aqueles que, ao serviço de agendas sombrias (na sua essência) e muito claras (nos seus objetivos), alimentam permanentemente um discurso contra a nação do Povo Judaico, sendo os verdadeiros descendentes das ideologias anti-semitas diabólicas que dominaram décadas da primeira metade do século transato.
Verdadeiramente notável é a bravura exemplar de Gal Gadot para exprimir em todos os momentos, em todas as entrevistas, em todas as suas aparições públicas o seu amor, o seu orgulho em Israel e na sua qualidade de israelita.
Gal Gadot não esconde o quanto ama Israel; Gal Gadot não esconde o privilégio que foi ter servido nas IDF. Não esconde a alegria de ter contribuído para conter o terrorismo internacional ali na fronteira de Israel com o Líbano, com medo das reações dos media e dos círculos ditos progressistas, que adotaram o anti-semitismo (na forma de anti-sionismo) como peça chave da sua cartilha ideológica.
Gal Gadot não esconde o orgulho que é ser de Israel, nem se esconde na cobardia de dizer que é de Israel, por mero acaso histórico de seus pais ou que é de Israel, mas não se sente de Israel.
Ou mesmo – a cobardia da moda – que é de Israel, mas não se reconhece em Israel ou que é de um “Israel alternativo” (seja lá o que isso for): Gal Gadot assume-se (vide, por exemplo, a entrevista à “Vanity Fair”) como uma verdadeira heroína de Israel, das IDF, da Paz e da Justiça.
Gal Gadot, a “Wonder Woman” da realidade, que integra a “Liga da Justiça” , que são as IDF, que todos os dias lutam contra os adversários mais temíveis para todos nós.
Como Gal Gadot e a Warner Bros. venceram os anti-semitas do BDS e o convite ao Embaixador do Irão
E parabéns igualmente à Warner Bros., que mesmo após a campanha do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel) para impedir a distribuição do filme apenas e só por ser protagonizado por Gal Gadot, uma atriz israelita (o que é uma discriminação notória, a que estas Comissões para a Igualdade e Cidadania fecham sistematicamente os olhos – imaginamos porquê…), se manteve inamovível: a “Wonder Woman” é Gal Gadot.
A Algéria, o Líbano, o Qatar interditaram a exibição do filme – a Warner Bros manteve a sua postura de não permitir discriminações ilícitas e não permitiu que atacassem Gal Gadot e Israel. Isto em 2017, na estreia do primeiro filme da “Wonder Woman”.
Hoje, término de 2020, tudo diferente: o Presidente Trump e o Primeiro-Ministro Netanyahu – com os contributos inexcedíveis de, entre várias outros, de Yossi Cohen e Jared Kushner – conseguiram o que muitos julgavam impossível: a celebração de um conjunto de acordos de Shalom (outros se aproximam!) com países que outrora tentaram boicotar a “Wonder Woman” (com) Gal Gadot, heroína das IDF.
Hoje não só não se apela ao boicote, como em países, como os Emirados Árabes Unidos, há uma autêntica euforia em torno da estreia do filme “Wonder Woman 1984”. Assim, no Dubai, a israelita Gal Gadot foi projetada no Burj Khalifa, o maior skycraper e imagem de referência da mencionada cidade dos EAU.
Isto só é possível graças a um Acordo histórico de Shalom impulsionado pelo Presidente Trump, o Presidente da Paz.
Em suma: Gal Gadot personifica a grandeza e o heroísmo de Israel – e a bravura invencível das IDF. Sem distinções de sexo, de cor, de etnia ou outro qualquer fator subjetivo. Israel, o Estado da igualdade e da não discriminação arbitrária.
Quando estiverem vendo o filme “Wonder Woman 1984” lembrem-se (e ensinem às vossas filhas e netas) que Gal Gadot, a verdadeira “Wonder Woman”, é uma heroína das IDF e que nos ajudou a derrotar os vilões da vida real do Hizbollah.
Em Israel, ser mulher não a diminuiu, nem prejudicou: elevou-se à medida da sua bravura e talento.
Gal Gadot nasceu em Petah Tikva, trabalhou num Burger King, não sabia falar inglês, teve carreira brilhante nas IDF, ingressou, pelo mérito, numa Escola de Direito de elite (a IDC em Herzliya), abdicando do seu sonho de se tornar especialista em Direito Internacional para prosseguir o seu sonho maior em Los Angeles. Passado um ano, já era figura cimeira de Blockbuster cinematográfico –e hoje um dos rostos do star system norte-americano. Em Israel, tudo é mesmo possível.
Acaso tivesse nascido no Irão, no Qatar ou no Líbano (hoje conhecido como “Little Iran”), a “Wonder Woman” Gal Gadot não tinha capacidade de exercício de direitos – e o mais certo seria a sua coragem levar à sua condenação à morte. Eis uma pequena diferença que faz toda a diferença quando a atualidade nos exige tomar posições sobre o que verdadeiramente se passa no Médio Oriente…
Como estamos em tempo de ofertas, porque não oferecer uns DVD’s da “Wonder Woman” às autoridades do Irão dos Ayatollahs? Oferecer-lhe umas horas de momentos de diversão, vendo a força de uma verdadeira heroína das IDF…Puro entretenimento, Ayatollahs, puro entretenimento!
Melhor ainda: convidamos o Embaixador do Irão em Portugal, Mortenza Jami (que aposto que é um grande fã da “Wonder Woman”…quem não?) a vir ao cinema connosco ver a “Wonder Woman 1984”!
Ajudamos o setor do cinema em Portugal – e o Embaixador comunica a Teerão o quão fantástico é o filme para o regime autorizar a sua exibição no Irão! É uma win-win situation para todos!