“À medida que todos vão sendo vacinados, todos vão ficando mais protegidos e conseguir-se-á atingir a imunidade de grupo”

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, foi vacinado contra a covid-19 este domingo.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, foi vacinado contra o novo coronavírus este domingo de manhã, no Centro Hospitalar e Universitário de São João e pediu aos portugueses para não terem medo da vacina. "O repto que deixo aos portugueses é que não tenham medo de se vacinar", disse o médico urologista, em declarações à Lusa.

Questionado pelos jornalistas, Miguel Guimarães disse que o processo "foi rapidíssimo, não dá dor nenhuma e a administração é extremamente simples" e diz que a vacinação é "um ato de cidadania" numa altura que o mundo enfrenta uma pandemia.   

O bastonário sublinhou ainda que a imunidade contra o novo vírus "demora tempo a chegar", que "vai ser preciso fazer segunda dose dia 17 de janeiro" e só a partir da tomada da segunda dose é que a "imunidade fica mais reforçada". Miguel Guimarães falou ainda sobre a imunidade de grupo. "À medida que todos vão sendo vacinados, todos vão ficando mais protegidos e conseguir-se-á atingir a imunidade de grupo, o que significa na prática ganhar o combate a este vírus", explicou.

Miguel Guimarães reforça que a chegada da vacina não é sinal que se deva deixar de ter cuidados para impedir a propagação da doença, tal como o cumprimento das regras impostas pelo Governo e pelas autoridades de saúde. "Há que utilizar todos os meios de proteção individual e coletiva", afirmou. 

O responsável disse ainda que o arranque do plano de vacinação contra o novo coronavírus, que teve início este domingo em vários hospitais de todo o país, foi um ato simbólico. "Estou seguro de que vai ajudar. Hoje é um ato simbólico. É um sinal de grande esperança para todos nós e motivo para dizermos presente, ou seja, para nos apresentarmos e vacinarmos a pensar nas outras pessoas e nos doentes e nas pessoas mais frágeis, pensar em diminuir a mortalidade da doença e a contagiosidade da própria doença", concluiu.