Quase 700 estradas do país vizinho foram afetadas pela tempestade e há três mil camiões impossibilitados de continuar caminho, noticia o jornal El País.
As temperaturas desceram drasticamente nos últimos dias, com a chegada da tempestade Filomena, e os espanhóis lidam com uma realidade que há décadas não assolava o país, muito menos em Madrid. A onda cobrou, até agora, quatro vidas no país.
Em resposta, o Governo espanhol fez um apelo aos seus cidadãos para terem as maiores precauções. O ministro do Interior, junto dos homólogos do Fomento e da Defesa, deu uma conferência de imprensa, onde pediu para evitar deslocações, por uma questão de segurança e "para não interromper os trabalhos de limpeza". O uso do carro particular foi "desaconcelhado" pelos três ministros, que deixaram o aviso: "Isto ainda não acabou, temos dias complicados pela frente até que a onda de frio acalme".
As temperaturas, noticia o El País, chegaram a descer aos 10 graus negativos. A seguir à neve, o gelo é agora a maior preocupação, com o colapso das redes de comunicação e das infraestruturas em mente.
Já foi mesmo ativada a participação do exército espanhol para garantir o acesso a povoações, com 213 efetivos e 87 veículos, em Teruel e Zaragoza. Já em Madrid, foram destacados 373 efetivos e 155 veículos para limpar as vias e assegurar a mobilidade na capital.
As previsões da Agência Estatal de Meteorologia espanhola indicam, para segunda-feira, temperaturas mínimas entre os -8ºC e os -11ºC em regiões como Huesca, Ávila, Segóvia, Toledo e Madrid. Já na terça-feira as mínimas poderão descer aos -13ºC em Ávila, Segóvia, Ciudad Real, Cuenca e Madrid, entre outras regiões.