Ontem, foi um dia muito triste – partiu um dos homens mais ilustres da segunda metade do século XX e início do século XXI à escala global, Sheldon Adelson. Um empresário visionário, um filantropo sem paralelo, um sionista incondicional e orgulhoso, um judeu ortodoxo heterodoxo – ou heterodoxamente ortodoxo – , um americano patriota, um homem generoso, atento, culto, que sabia que é nos pequenos detalhes que se vencem as grandes guerras.
Como empresário, fez fortuna – sobretudo na área do jogo-, fundando a empresa Sands Corporation, sendo proprietário de casinos de referência internacional em Macau e em Las Vegas. Era um homem corajoso, um negociador implacável, sempre um homem com notáveis de intelligence e defensa, aprendidas na sua passagem pelas IDF (que sempre considerou um dos melhores e mais proveitosos momentos da sua vida) e que tanto o ajudou a crescer nos seus negócios.
Numa área, note-se, que é particularmente complexa – fazer fortuna na área dos casinos, ao contrário do que o senso comum pode indiciar, é bastante complexo, requerendo argúcia e zelo fora do comum.
Como homem de e da intelligence, Sheldon Adelson foi pioneiro no reconhecimento da relevância da comunicação social numa dupla aceção: numa aceção de puro jornalismo e numa aceção de intelligence, de promoção de estratégias comunicacionais para atingir ora nobres, ora sinistros propósitos. Foi Sheldon Adelson um dos primeiros a perceber que os media como instrumentos de jornalismo, de investigação, de procura por uma verdade tendencialmente absoluta, estava morrendo – e já praticamente morreu. Sheldon Adelson percebeu que os media se iriam converter em instrumentos de guerra de informação e de contrainformação – e que era preciso estar preparado para prosseguir os fins nobres e derrotar, sem misericórdia, as agendas sinistras.
Daí que Sheldon Adelson adquiriu o jornal mais lido de Israel, tendo projeção singular à escala planetária – o “Israel Hayom”, onde o autor destas linhas tem a enorme honra e gosto de colaborar – e um dos jornais locais de maior sucesso nos EUA, o “Las Vegas Review Journal”, com um grafismo arrojado e uma informação sem medo, sem preconceitos, sem cedências ao politicamente correto.
Como sionista incondicional e filantropo, Sheldon Adelson foi um dos proeminentes amigos de Israel, contribuindo para a defesa da verdade sobre a Nação do povo Judaico. Foi um dos mais ativos financiadores de associações para lutar contra o antissemitismo nas universidades norte-americanas, foi um dos que nunca desertou do combate árduo de denunciar e quebrar o movimento terrorista e discriminatório do BDS (Boicote, Desenvolvimento e Sanções contra o Estado de Israel), foi um dos que nunca cedeu às pressões de certos empresários e políticos para esquecer o reconhecimento de Yerushalayim como Eterna Capital do Estado de Israel e de deixar a Judeia e a Samaria à mercê de certos interesses contrários ao Estado de Yisrael.
Sheldon Adelson, em tudo o que fazia, nunca descurava a proteção do Povo Judeu e a defesa intransigente do Estado Eterno de Yisrael. Sempre de forma inteligente, sempre com a serenidade das papoilas dos Monte Golã e a audácia da serpente do Deserto do Negev – como tanto gostava de ensinar.
O mundo sentirá falta do génio empreendedor de Sheldon Adelson.
O mundo livre sentirá falta do resistente e lutador Sheldon Adelson.
Yisrael sentirá falta de um dos seus filhos e mais aguerridamente convicto lutador como era Sheldon Adelson.
Os media livres sentirão falta de um seu apoiante que não olhava para a folha contabilístico, preferindo a pauta axiológica para determinar investimentos e apoiar projetos, como era, sempre foi, Sheldon Adelson.
Nós sentiremos falta do enorme exemplo de coragem e motivação nos tempos mais sombrios (como estes que vivemos) como era, foi sempre, Sheldon Adelson.
Todavia, o seu exemplo sempre prevalecerá e a sua luta ainda não terminou. A luta da sua vida é contínua, ainda terá muitas batalhas, mas terminará com êxito, de acordo com a sua aspiração de vida: a vitória incontestável de Yisrael e do seu território Eterno contra todos os seus inimigos. Sheldon Adelson será sempre relembrado. B’H
E se Sheldon Adelson era incansável, a sua esposa Miriam é incontidamente enérgica – e está disposta a continuar, com ainda mais garra, o projeto da sua família. O projeto, afinal de contas, do seu Povo.
Alav Hashalom, Mr. Adelson.