O primeiro-ministro da Estónia, Jüri Ratas, renunciou ao cargo, esta quarta-feira, após um escândalo de corrupção. Em causa está um alegado apoio financeiro a uma imobiliária em que o seu partido está envolvido.
Na sua página de Facebook, Jüri Ratas afirmou que “na política, escolhas difíceis têm de ser feitas para resolver situações difíceis”. “A suspeita apresentada pelo Ministério Público não significa que alguém seja de facto culpado, mas inevitavelmente lançará uma sombra séria sobre todos os envolvidos. Em tal situação, parece justo que, ao renunciar, dê a oportunidade de esclarecer todos os factos”, continuou.
A investigação centra-se na imobiliária Porto Franco, que recebeu 39 milhões de euros da KredEX, entidade responsável por gerir o dinheiro público do país. Este apoio estatal serviria para ajudar as empresas atingidas pela pandemia de covid-19, mas o Ministério Público está a investigar um alegado esquema ilegal e a possibilidade de ter existido tráfico de influências. Na terça-feira, quatro pessoas foram detidas, entre as quais o secretário-geral do partido no Governo e o conselheiro do ministro das Finanças.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, as negociações para a formação de um novo governo tiveram início após o anúncio de Jüri Ratas, que estava no cargo de primeiro-ministro desde dezembro de 2016.