Nos últimos dias, o Presidente Trump confirmou, novamente, o que nós aqui, em primeira mão, antecipámos em Dezembro de 2020.
Os EUA acabam de inaugurar o seu consulado no Saara Ocidental, o que representa um inequívoco e relevante sinal de geoestratégia: como explicámos então, este novo consulado norte-americano (cuja relevância se comprovará no futuro, mais ou menos imediato) foi negociado no âmbito do Acordo de Shalom celebrado entre Israel e Marrocos, com mediação da Administração Trump.
Quer os EUA, quer Israel percebem o perigo que os conflitos no Deserto do Saara representam para a segurança internacional: trata-se de uma zona que não está nos holofotes dos media internacionais, é demasiadas vezes ignorado – todavia, aí se jogam relevantes equilíbrios geopolíticos internacionais.
Nos últimos meses, o Hizbollah – franchisee do terrorismo islâmico radical patrocinado pelo regime iraniano – e o Partido Comunista Chinês têm cooperado com a Frente Polisário para lançar o caos na região, para, ao mesmo tempo, dar um sinal claro aos EUA (e à nova Administração Biden, que terá aqui um desafio que poderá lançar a divisão no seu seio, atendendo às conceções dos escolhidos do novo Presidente dos EUA) e fixarem aí a sua presença.
Nós já aqui revelamos – e daremos nota de mais novidades nas próximas prosas – o pacto celebrado, no Verão passado, entre China Comunista e os Ayatollahs que visa a constituição de um corredor que ligue Beijing a Teerão, dominando os pontos estratégicos de comunicações.
O Presidente Trump compreendeu a relevância de os EUA aumentarem significativamente a sua presença em Marrocos, não deixando que ocorra aqui a fragmentação da realidade política atual – para além da presença diplomática, a Administração Trump incrementou a presença militar norte-americana no Saara Ocidental, em articulação com a Base da Rota.
Este plano apresenta metas bem definidas para o ano corrente; esperamos, pois, que o Presidente Biden não coloque em causa os interesses superiores dos EUA e do Mundo Livre, apenas por razões de política partidária e de satisfação de certas clientelas eleitorais – a China Comunista e o terrorismo radical made by Iran não podem, em nenhuma circunstância, dominar o Saara Ocidental. Por razões de segurança e defesa – e por razões económicas. O Consulado dos EUA em Dakhla terá funções muito relevantes – aos níveis económico, militar, de intelligence (“civil” e militar).
Por outro lado, o Presidente Trump já deu instruções para um ainda maior reforço na Base da Rota, nos próximos dias – o que significa que o Presidente Biden não poderá, sob pena de grave traição aos interesses vitais dos EUA, fazer prevalecer eventuais cumplicidades políticas de alguns dos seus apoiantes (e membros de “Cabinet”) com políticos espanhóis em exercícios de funções sobre imperativos geostratégicos e de intelligence/defesa da grande Nação norte-americana. Aliás, o Embaixador David T.Fischer – que se revelou muito competente, como a generalidade dos diplomatas nomeadas pelo Presidente Trump, focados em resultados e não em festas ou simpatias – no seu muito inteligente discurso no evento de inauguração do Consulado dos EUA em Dakhla, fez questão de o relembrar de forma discreta, conquanto assertiva.
Para Israel, trata-se igualmente de uma questão de segurança nacional, na medida em que a Frente Polisário é financiada por gente ligada ao BDS (desviando fundos recebidos de organismos internacionais), ao Irão e que encaram uma potencial vitória no Saara Ocidental como a abertura de uma caixa de Pandora que servirá para dinamitar o Médio Oriente e eliminar Israel.
Por isso, há – e haverá- uma estreita articulação entre a Mossad e a CIA/DIA para assegurar a proteção do Consulado norte-americano no Saara Ocidental. Por outro lado, o genial Yossi Cohen e o Primeiro-Ministro Netanyahu acordaram com o Reino de Marrocos a utilização de sistemas de segurança made in Israel para proteger o país contra interferências de terceiros desestabilizadores.
Mais uma vez, o Presidente Trump, o Comandante Supremo dos EUA até dia 20 de Janeiro, confirmou factos que temos avançado aqui, em exclusivo mundial (como um comentador televisivo português gosta de dizer) no SOL.
A verdade acaba sempre por vir ao de cima – pode demorar semanas, meses, um pouco mais do que isso, mas vem sempre. Sempre. Por vezes, como nos ensinou um veterano da intelligence militar norte-americano, é preciso aplicar a velha fórmula maoísta: dar um passo atrás, para depois dar dois à frente. Mais vale perder uma batalha para ganhar a Guerra. Presidente Trump sabe-o melhor do que ninguém. E Mar-a-Lago é mesmo um ótimo quartel-general para refletir sobre estas matérias, como, aliás, a intelligentsia portuguesa e europeia reconhece.
É um sinal claro para o mundo: o mundo é e será liderado pelos EUA, quer a Europa queira ou não. E a China Comunista? Daqui a algumas décadas, as gerações futuras olharão para a China Comunista como nada mais do que…uma realidade política que falhou miseravelmente.