O primeiro-ministro anunciou ontem que o Governo espera concluir a administração da primeira dose da vacina da covid-19 nos lares na próxima semana, à exceção dos lares que se encontrem com surtos ativos. “Face às novas informações disponibilizadas pela Pfizer e também pela Agência Europeia do Medicamento, estamos em condições de termos uma melhor gestão do nosso stock de vacinas e acelerar o processo de vacinação nos lares assumindo agora como objetivo concluir até ao final da próxima semana a vacinação integral da primeira toma em todos os lares, salvo naturalmente, aqueles onde a existência de surtos nos impede de proceder à vacinação”, disse António Costa no final do conselho de ministros.
A aceleração da vacinação deverá passar por um espaçamento entre primeira e segunda toma, como tem vindo a acontecer noutros países, quando inicialmente foi previsto um intervalo de 21 dias. A Agência Europeia do Medicamento já admitiu que a segunda dose da vacina da Pfizer, que é a que chegou em maiores quantidades ao país, pode ser dada até aos 42 dias intervalo, desaconselhamento o protelamento da segunda toma para além desse prazo. Assim, idosos que sejam agora vacinados com a primeira dose poderiam só ter de receber a segunda no final de fevereiro. O plano de vacinação prevê a imunização de 300 mil idosos e funcionários de lares nesta primeira fase da vacinação. Além dos lares, falta ainda concluir a vacinação dos profissionais de saúde e o início da convocatória dos primeiros doentes considerados prioritários para receber a vacina, que serão pelo menos 400 mil. A última indicação é que esta primeira fase de vacinação pode só ficar concluída em abril.