No domingo, os portugueses escolhem o próximo Presidente da República. A democracia é colocada em prática, também, no próximo domingo, em que os cidadãos são chamados a decidir livremente entre os candidatos que se propuseram ao cargo. Este ato realiza-se no momento mais difícil da democracia portuguesa e acontece graças à participação de dezenas de milhares de cidadãos que garantem a recolha dos votos. A democracia acontece com a escolha do Presidente de todos os portugueses e com a generosidade de todos os envolvidos nessa concretização.
No próximo domingo, como em todos os atos eleitorais, milhares de cidadãos voluntários estarão, durante mais de doze horas seguidas, em todas as mesas de voto, por todo o país, para assegurarem o exercício da democracia. Desta vez, fazem-no em circunstâncias muito especiais, correndo o risco decorrente da atual pandemia. São também heróis que permitem que a democracia continue. Fazem-no em troca de uma retribuição simbólica, mas fazem-no, sobretudo, para fazer a democracia acontecer mesmo em tempos difíceis e por isso merecem o reconhecimento e a gratidão de todos quantos defendem a democracia.
O Presidente da República é o Chefe do Estado, representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é o Comandante Supremo das Forças Armadas. É, também, o garante do regular funcionamento das instituições democráticas, jurando «defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa».
Mas o Presidente da República deve ser muito, muito mais. Deve interpretar e representar o sentimento, as preocupações e as aspirações dos portugueses. É também isto que está em causa na escolha que será feita no próximo domingo, ainda com mais importância, em face da grave crise que atravessamos e que teremos de ultrapassar.
Marcelo Rebelo de Sousa é, de longe, o candidato que melhor pode cumprir as obrigações inerentes ao cargo, mas é, sobretudo, o único que pode cumprir a importância da representação dos cidadãos no seu sentimento. É o único capaz de ser o Presidente de todos os portugueses e Portugal precisa, mais que nunca, de um representante com capacidade de acrescentar legitimidade pela representação do sentir de todos os portugueses, sem exceção.
O atual Presidente conseguiu, durante o seu mandato, reunir um expressivo apoio popular e alargar apoio e reconhecimento político e partidário. Esta legitimidade acrescida permitiu exercer, de forma acrescida, a sua ‘magistratura de influência’.
A grave crise pandémica que Portugal atravessa necessita de um Estado forte e de instituições democráticas sólidas. Portugal precisa de união e de estabilidade para enfrentar os próximos desafios. O Presidente da República terá de ser um ator principal, acrescentando confiança, liderança, promovendo a unidade e exercendo a autoridade. Nenhum outro candidato cumpre estes requisitos.
Este não é tempo para radicalismos, sectarismos ou fundamentalismos quando precisamos de união. Este não é tempo de protesto quando precisamos de construir. Este não é tempo de aventuras quando precisamos de confiança. Este não é tempo de experimentalismos quando precisamos de certeza.
É tempo de votar. Com algum risco, mas com a convicção de que o voto é a melhor defesa da democracia.