Durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, o programa Erasmus + será alterado e passará a ter duas dimensões "particularmente inovadoras", haverá a "abertura ao ensino vocacional e profissional" e ainda um "programa de alianças das instituições de ensino superior", indicou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na conferência de imprensa do conselho informal de ministros da Educação da UE.
A ideia passa por usar a rede de alianças de instituições europeias como “casos de estudo” para “testar” a dimensão social do Erasmus, o desenvolvimento de carreiras, neste caso, as carreiras de docentes e de investigação, e ainda perceber o fluxo da troca de materiais, explicou Manuel Heitor.
Atualmente, as redes de instituições de ensino superior são formadas por 41 universidades europeias. Portugal pertence a 14 delas, através de institutos politécnicos e de universidades.
"Esse é o desafio deste programa, ter as instituições de ensino superior verdadeiramente formadas com base em consórcios europeus, eventualmente evoluindo no futuro para aquilo que se pode chamar um recrutamento conjunto de docentes e de investigadores com base em programas conjuntos", acrescentou Manuel Heitor.
O conselho informal de Educação decorreu na manhã desta sexta-feira por videoconferência, a partir do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e apontou o contributo da educação e da formação para a aplicação do Pilar dos Direitos Sociais como a bandeira a hastear pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, tendo como momento alto a Cimeira Social marcada para dos dias 07 e 08 e maio, na cidade do Porto.
Recorde-se que Portugal assumiu no primeiro dia do ano de 2021 a quarta presidência do Conselho da União Europeia, e que se estenderá durante o primeiro semestre de 2021, sob o lema "Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital".