Vitorino Silva está longe de ser um novato em eleições. Desta vez tenta a sua sorte pela segunda em eleições presidenciais. O objetivo eleitoral é ter mais um voto do que teve em janeiro de 2016. Há cinco anos obteve cerca de 150 mil votos. No dia seguinte à votação, será um «homem feliz», seja qual for o resultado, depois de uma campanha muito intensa. Porém, a campanha de Vitorino Silva confinou mal foi renovado o estado de emergência. «Tenho feito uma campanha segura. Estou muito orgulhoso da decisão que tomei», assegura Vitorino Silva, também conhecido por Tino de Rans.
Na reta final desta campanha, o candidato apontou a abstenção como o seu principal adversário. Agora olhando para os dados e as conversas que tem mantido, Vitorino Silva acredita que a abstenção vai ser reduzida. «No domingo o povo vai sair à rua e vai desabafar. Andam por aí alguns fregueses à conta da democracia», começou por desabafar o candidato. Questionado sobre a quem se referia, Vitorino Silva disse que não iria falar de nomes. Mas avisou que o povo vai sair à rua «para pôr os infiltrados na democracia no sítio deles. O povo está muito atento».
E falou também sobre os jovens que se têm sentido arredados da política. «Os jovens não querem o que aconteceu há quatro anos na América», lembrou Vitorino Silva ou no caso do Brexit em que «os políticos não ensinaram aos jovens o que era a Europa».
Nesta eleição há cerca de 7500 jovens que podem votar pela primeira vez num ato eleitoral.
Do balanço da campanha, Vitorino Silva recorda que é calceteiro de profissão e que ainda há «muitos provincianos» na área da política que não o encaram como um verdadeiro adversário.
De realçar que Vitorino Silva chegou a defender que as eleições deveriam ter sido adiadas para a primavera, por causa da pandemia da covid-19. Mas com a campanha em marcha, a campanha foi feita sobretudo via Zoom. O candidato também garantiu a presença em todos os debates televisivos e chegou a ter agendado mais. Só não se realizaram porque, entretanto, foram cancelados. O Porto Canal aprazou os debates por Tino de Rans não ter sido incluído na lista das televisões, mas depois o candidato garantiu presença através da RTP3.
Nas várias conversas diárias com eleitores, Vitorino Silva defendeu que os candidatos presidenciais deveriam ser completamente independentes dos partidos. Até para que no dia seguinte, não se deva favores a ninguém.
E o que fará com os seus votos no dia 25 de janeiro? Vitorino Silva responde: «Os votos não são meus. Os votos são do povo. E há de ser o povo que vai decidir o que farei com os votos. Só tenho direito a um voto.