Depois de votar, em Cascais, Ana Gomes lembrou, em declarações aos jornalistas, aqueles que este domingo não puderam votar, nomeadamente os emigrantes.
"Tenho particular pena que muitos dos nossos emigrantes não tenham podido votar. Queriam fazê-lo e só não votaram porque não se legislou a tempo e horas para lhes facultar o exercício do direito de voto", criticou a candidatada presidencial.
"Também muitos dos que hoje não podem votar é porque não se legislou para se encontrarem alternativas, como o voto eletrónico, para os que tem que estar confinados em casa", acrescentou.
A candidata sublinhou ainda que as filas para votar que se têm verificado por todo o país são um “bom sinal” e que a participação de todos neste ato eleitoral é “muito importante”.
"Sem dúvida que é muito positivo que muitos cidadãos e cidadãs estejam aqui na mesa onde acabei de votar. Disseram-me que a afluência está a ser alta. Foi bom ter esperado um bocadinho, é sinal de que há afluência e é muito importante a participação de todas e todos", disse.
"A sensação que tenho é que o exercício do voto está a ser seguro, as pessoas estão a respeitar as distâncias de segurança e os funcionários da mesa garantiram-me que tudo tem corrido com todo o rigor, para que as pessoas se possam proteger contra a pandemia", frisou.
"Quem está a votar sabe bem que o exercício do voto é importante. Houve quem as quisesse desvalorizar, mas estas eleições são realmente muito importantes para a força da democracia e quanto mais cidadãos e cidadãs vieram votar, mais a democracia sairá reforçada", considerou, confessando ainda que sentiu "muita satisfação em fazer esta campanha, apesar das restrições impostas pela pandemia".
"Foi muito bom ouvir por todo país gente que não baixa os braços, que acredita no país, que quer ir para a frente e encontra soluções, mesmo quando tudo parece bloqueado. Isso deu-me uma grande força", realçou.
Recorde-se que concorrem às eleições sete candidatos – Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, João Ferreira (PCP e PEV) e Ana Gomes (PAN e Livre).