Plitidepsina: é este o nome do medicamento antiviral produzido em Espanha, que se mostrou cem vezes mais eficaz do que o Remdesivir, no combate à multiplicação do vírus SARS-CoV-2 nas células humanas. Segundo um estudo, publicado na revista Science, o medicamento – já testado em França e nos Estados Unidos da América – demonstrou uma redução quase total da carga viral do vírus.
O medicamento, utilizado no tratamento do cancro, foi testado em animais e o resultado foi uma eficácia antiviral prometedora. Em duas experiências diferentes em animais infetados com o novo coronavírus, registou-se uma redução de 99% das cargas virais nos pulmões tratados com plitidepsina.
Os autores do estudo pretendem agora que o medicamento seja experimentado em ensaios clínicos mais alargados. “Os nossos resultados e os dados positivos dos ensaios clínicos da Pharmamar sugerem que outros testes clínicos com Plitidepsina devem ser priorizados para o tratamento da covid-19”, dizem.
O antiviral bloqueia uma proteína humana (a EF1A) que está presente nas células e é utilizada pelo SARS-CoV-2 para se reproduzir e infetar outras células.