Governo garante que “não houve falta de oxigénio” no Amadora-Sintra e que serão feitos esforços “para que não se repita”

Secretário de Estado Adjunto da Saúde diz que transferência de doentes foi “preventiva”.

Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto da Saúde, garantiu, esta quarta-feira, que a rede de oxigénio do Amadora-Sintra não colapsou, explicando que não houve “falta de oxigénio”.

 “O que se passou não foi nenhuma falta de oxigénio, mas sim, entre os 350 doentes internados, mais de 150 estavam em ventilação não invasiva”, começou por esclarecer o governante, à margem de uma visita à nova Unidade de Retaguarda Hospitalar de Coimbra. 

“A ventilação invasiva exige altos fluxos de oxigénio, cerca de 40 a 60 litros por minuto. Obviamente que tendo muitos doentes com esta pressão de oxigénio, isso vai levar a um aumento de constrangimentos e pressão dentro da própria estrutura”, explicou, acrescentando que, para evitar que a rede doce incapaz de dar resposta aos doentes internados, o conselho de administração daquele unidade hospitalar optou por “preventivamente transferir doentes para outros hospitais” da região.

Depois de elogiar a colaboração que existiu nesta operação, nomeadamente entre o setor público e o privado, Sales revelou que o Hospital da Luz vai receber esta quarta-feira doentes no Amadora-Sintra.

Questionado sobre se o Governo está preparado para enfrentar situações futuras semelhantes, o governante garantiu que "o Governo fará sempre todos os esforços para que estas situações não se voltem a repetir", embora tenha a “humildade” de “reconhecer dificuldades”.

 “Nunca escondemos as dificuldades”, disse. “Temos que garantir aos portugueses que estas dificuldades são ultrapassadas, e até agora temos demonstrado que essas dificuldades têm sido ultrapassadas. Com certeza continuaremos a fazer esses esforços para garantir essa resposta”, rematou.