Acabei de ver a primeira parte da série francesa Lupin, que já bate recorde de visualizações na Netflix. Era bom que os números recorde só voltassem a aparecer em notícias deste género, independentemente da área. Também Cristiano Ronaldo vem dando alguma frescura nesse sentido, embora apareça sempre quem diga que ainda falta um golo, dois, 10, mais?! Os que quiserem, afinal convém dar sempre uma margem mais folgada tendo em conta o ritmo a que o internacional português anda, aliás, corre e marca. Os outros números recorde são bem conhecidos e colocam-nos no topo do mundo, o lugar mais indesejado no enquadramento deste quase último ano.
No passado sábado recebi esta mensagem: «A prima do Chico contou que num supermercado em Espinho, uma pessoa viu alguém que sabia que estava infetada com covid-19 e alertou a polícia. Quando as autoridades pediram para a pessoa infetada se apresentar junto das caixas, apareceram 7 pessoas».
Quando li confesso que me ri, embora não tenha piada alguma, mas pensei automaticamente tratar-se de mais uma daquelas mensagens virais que correm nos grupos de whatsApp sem travão.
«Isso é uma anedota», respondi.
Dois dias depois lia história semelhante, mas desta vez o cenário era uma grande superfície de Alcochete. Um compositor e produtor português denunciava nas redes a situação, mas neste caso tinham aparecido 9 pessoas junto às caixas daquele supermercado.
Na terça-feira, o jornal i fazia manchete com o tema e esclarecia que estes relatos não passavam de rumores.
Logo à partida, os episódios não pareciam minimamente credíveis – e as únicas garantias eram dadas sempre na voz da prima daquela amiga que tem o tio que é vizinho da senhora com o cabelo laranja.
Vendo, porém, o outro lado da moeda, a primeira parte do texto podia ser bem real.
Mudando de filme, neste caso de série, fiquei a saber que a segunda parte de Lupin só chega no final de 2021.
Espero que me seja impossível conseguir ver os cinco episódios de seguida.
Será bom sinal.