Hospital em Famalicão vacinou mulher e filha de administrador

“Foram usadas todas as doses remanescentes evitando que fossem para o lixo”, justificou a instituição.

Há um novo episódio na polémica sobre vacinação indevida. Cerca de uma dezena de pessoas terá recebido, sem justificação aparentemente válida, a vacina para a covid-19 no Hospital Narciso Ferreira, em Riba de Ave, Famalicão, uma valência da Santa Casa de Misericórdia local.

Da lista de pessoas que à partida não cumprem os critérios para a vacinação neste momento, estarão a mulher e a filha de Salazar Coimbra, que é administrador do hospital e que apesar de ser médico não exercerá funções clínicas.

Os nomes da filha, médica noutra instituição, e da mulher, que também não é funcionária daquele hospital, estariam na lista do plano de vacinação, como estando a trabalhar na linha da frente do combate à pandemia.

Fonte do hospital, garantiu ao Jornal de Notícias, que "foram usadas todas as doses remanescentes evitando que fossem para o lixo", recusando, no entanto, identificar quem recebeu as vacinas em causa.

As suspeitas de fraude "são totalmente falsas e infundadas", e o hospital está ao dispor para esclarecer as "listas de profissionais da instituição, os critérios aplicados na seleção dos profissionais de primeira linha e das doses remanescentes a quem foram aplicadas", afirmou o enfermeiro-diretor, Raul Marques.