Biden prometeu, mas não cumpriu. Estados Unidos deportam centenas de imigrantes ilegais

Moratória autorizada por Biden que apontava adiar estas deportações foi rejeitada por um juiz federal.

Depois de o tribunal ter rejeitado uma moratória autorizada pelo novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, centenas de imigrantes ilegais foram deportados dos EUA.

A moratória foi aprovada logo no início do mandato de Joe Biden, porém, na semana passada um juiz federal ordenou à nova Administração que não executasse a moratória de 100 dias para deportações de imigrantes ilegais. Esta medida não obrigava o governo norte-americano a deportar, mas as deportações continuam a acontecer, seguindo instruções específicas.

Segundo o Departamento de Segurança Interna, as forças de segurança deviam dar prioridade à deportação de pessoas que são consideradas uma ameaça à segurança dos americanos ou que tenham entrado no país recentemente, de acordo com as instruções que entraram esta terça-feira em vigor. 

Nos últimos dias, a Unidade de Imigração de Alfândegas (ICE em inglês) deportou, pelo menos, 15 pessoas para a Jamaica e 269 para as Honduras e Guatemala. Segundo a Associated Press, estão marcados para hoje mais voos.

Na campanha eleitoral, Joe Biden prometeu suspender por 100 dias as deportações de imigrantes, depois de receber inúmeras e duras criticas durante as primárias democráticas pelas deportações em massa que a administração de Barack Obama fez, da qual Biden foi vice-presidente.

Na presidência de Obama, três milhões de imigrantes foram deportados, número mais elevado do que sob qualquer Governo dos Estados Unidos, incluindo também o de Donald Trump.

A interrupção de 100 dias nas deportações juntou-se a outra medida anunciada, na passada quarta-feira, pelo Departamento de Segurança Interna: a suspensão do registo para o programa “Stay in Mexico”, que possibilitou a Donald Trump devolver requerentes de asilo ao país vizinho.

O Presidente dos EUA ainda aprovou uma série de medidas de imigração entre o pacote de 17 ordens executivas que assinou logo após se ter instalado na Casa Branca, como o reforço do programa para jovens sem documentos ou a revisão das prioridades na detenção de imigrantes.

Ainda, Biden apresentou um plano de imigração que antevê a regularização de 11 milhões de imigrantes sem documentação, embora dependa do poder legislativo americano.