A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apelou esta quinta-feira ao Governo “que tome medidas fortes, planeadas e monitorizadas de vacinação e controlo estrito da pandemia, em estreita coordenação com todos os meios públicos e privados de saúde no país, por forma a proteger a população e reduzir o número de vítimas da doença provocada” pela covid-19.
Em comunicado, a CTP considera que “é também urgente a necessidade de reforçar as medidas de apoio ao turismo, num momento em que as empresas já não têm reservas para fazer face a todos os custos fixos que ainda perduram, face aos 12 meses de congelamento quase total da atividade, sem negócio, nem sequer previsão de retoma no curto prazo”.
“A situação das empresas do Turismo é muito preocupante e agrava-se todos os dias. Se não atuarmos com rapidez, não haverá empresas para salvar e serão destruídos milhares de postos de trabalho, mergulhando o país numa crise que ninguém deseja. Se não mantivermos a nossa oferta, não podemos garantir o regresso da procura”, afirma Francisco Calheiros, presidente da CTP.
A CTP propõe ao Governo, entre outras, o “reforço financeiro do programa Apoiar” e o prolongamento das medidas de apoio à manutenção do emprego (como o layoff) e do prazo das moratórias para as empresas “até, pelo menos, final de 2021”.
“O turismo tem sido uma das atividades mais afetadas pela pandemia e, segundo os mais recentes dados divulgados pelo INE, fechou o ano de 2020 em mínimos históricos: os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras superiores a 60%, os valores mais baixos desde 1993”, lê-se na nota da CTP.