Um rapaz de 24 anos lutou contra um tumor cerebral, uma sépsis – infeção generalizada -, duas meningites e covid-19 no espaço de um ano. Nathan Cummings esteve quatro vezes em risco de vida e, em declarações ao Daily Star, explicou que se sente grato por estar vivo após o diagnóstico do tumor cerebral, que, segundo os médicos, cresceu toda a sua vida.
Em primeira instância, os médicos julgaram que os sintomas relatados correspondiam a uma infeção de ouvidos. Após vários despistes, foi-lhe identificado um tumor maligno do tamanho de uma bola de ping-pong. O tumor de cinco centímetros, um meduloblastoma encontrava-se em estado já avançado quando foi diagnosticado em novembro de 2019.
O jovem foi submetido a uma cirurgia, no Hospital Royal Preston, em Fulwood, Inglaterra, onde lhe foi removido 90% do tumor. Sendo uma operação de grande risco, com a duração de oito horas, os médicos alertaram a família do jovem de que este "poderia não sobreviver" ou, se sobrevivesse, poderia ficar paralisado. Contudo, continuando a desafiar as probabilidades, o jovem não só sobreviveu à operação de oito horas, como não apresentou qualquer sequela física. Volvidos dois dias, já havia recuperado a capacidade de caminhar e a equipa médica que o seguiu considerou este marco "um milagre".
Todavia, o pesadelo de Nathan não havia terminado: sofreu uma meningite a 30 de novembro – vivendo o seu 24º aniversário, no dia 30 de dezembro de 2019, extremamente fragilizado -, de janeiro a março de 2020 passou por uma sépsis e, em janeiro deste ano, lutou contra uma meningite e lutou contra o coronavírus simultaneamente (a primeira doença surgiu uma semana antes da covid-19). Apesar de se manter positivo, o jovem admitiu ao jornal anteriormente mencionado que tem sido "uma experiência aterrorizante" e que "não entende o motivo de estar sempre doente".
Atualmente, o britânico aguarda o resultado de alguns testes e, se tudo estiver bem, e não tiver uma recaída nos próximos cinco anos, terá oficialmente vencido a luta contra o cancro. "Têm sido tempos muito difíceis. Existem dias em que me sinto um pouco mal e a minha mente fica confusa porque não sei o quão grave será um problema. Foi um ano infernal, mas, curiosamente, a covid-19 foi a única coisa que ultrapassei sem grandes dificuldades", confessou.