O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse ao New York Times, que “muita gente” visitou as suas famílias no Natal e que "as evidências da mobilidade no país mostram que as pessoas não respeitaram as restrições" em vigor na época natalícia e no Ano Novo, o que é apontado pelo jornal norte-americano como a razão para o grande aumento de mortes e casos no país.
De realçar que o período de festividades ficou marcado por um alívio de medidas no que diz respeito à covid-19. O Governo aprovou a circulação entre concelhos nos dias 23, 24, 25 e 26 de dezembro e permitiu a circulação na via pública até às 02h00 nas noites de 24 e 25 de dezembro.
Ainda em declarações ao jornal norte-americano, o governante português admitiu que as próximas semanas “vão ser difíceis” e que os hospitais estão sobrecarregados, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, face ao aumento exponencial de novos casos, o que levou o país a pedir a ajuda de outros países europeus.
Face as estas declarações, fonte do gabinete do ministro da Economia contactada pela rádio Renascença explicou que as afirmações de Siza Vieira não representam uma imputação de responsabilidades aos portugueses e que a conclusão de que o governante se referia à totalidade do período das festas de Natal e Ano Novo resulta da interpretação feita pelo jornalista do NYT, durante uma entrevista telefónica.
Segundo a Renascença, a mesma fonte destacou que, apesar de ter sido permitida a circulação entre concelhos entre os dias 23 e 26, o Governo fez questão de apelar ao bom senso dos portugueses para que evitassem grandes ajuntamentos e cumprissem as normas sanitárias em vigor.