O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, considerou, esta terça-feira, que os casos “pontuais” de irregularidades no processo de vacinação contra a covid-19 não devem ser usados para distrair os portugueses. O governante defendeu que o “essencial” é que os cidadãos sintam confiança na toma da vacina.
"Não devemos distrair as atenções dos portugueses com estas questões. O essencial é dizer que a vacinação não é uma oportunidade, mas a oportunidade", disse António Sales, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Casa dos Atletas, que está a funcionar como Estrutura de Apoio de Retaguarda para doentes covid-19.
Questionado sobre se a sua mulher, prestadora de serviços na Santa Casa da Misericórdia de Leiria, teria sido indevidamente vacinada, o secretário de Estado garantiu que tal não aconteceu e reiterou que estas situações devem ser “punidas”.
"Existem prioridades, existem planos tecnicamente elaborados e, portanto, têm de ser cumpridos. Devemos dizer isto aos portugueses e não distraí-los com situações pontuais, que obviamente devem ser corrigidas e punidas", defendeu, acrescentando que "é preciso que os portugueses sintam confiança no processo de vacinação".
O governante considerou ainda que tudo “está correr bem” com o plano de vacinação, realçando que já foram aplicadas 300 mil primeiras doses e 100 mil pessoas já foram inoculadas com duas doses. Contudo, lembrou que existem constrangimentos no fornecimento e que "o plano depende da produção e chegada das doses a Portugal".
Sobre o possível fim do confinamento, Lacerda Sales não quis adiantar datas.
"Temos de ter o bom senso de perceber, agora que temos uma luz ao fundo do túnel, com o decréscimo dos números, que temos de esperar as melhores oportunidades para que isso venha a acontecer. Os portugueses têm aderido muito bem a esta fase de confinamento, e o que vamos fazer é esperar com tranquilidade e fazer descer o mais possível os números, criando uma almofada que nos permita depois ter um desconfinamento gradual e progressivo, por forma a reativar o nosso tecido social e económico", afirmou.