Hawkeye é o nome do sistema que substitui os juízes de linha nas partidas de ténis, após estes terem sido retirados de campo como forma de reduzir o número de intervenientes nos recintos, para diminuir os riscos de infeção nos jogos dos Grand Slams.
Os efeitos têm sido tão positivos que a organização do Open Australia, segundo o jornal desportivo MARCA, estará a ponderar continuar a utilizar este sistema.
O jornal indica que deverá, no futuro próximo, ser feita uma decisão sobre este sistema, sendo uma das maiores vozes a favor a de Novak Djokovic, número um do ranking da ATP.
O sérvio referiu ter visto "essa tecnologia em Nova Iorque pela primeira vez e tudo decorreu tranquilamente, não houve espaço para o erro humano”, revelando ainda ser “uma pessoa que adora tecnologia e que não vive sem ela”. Da mesma opinião é Serena Williams, que referiu ser "uma futurista" e alguém que ama a tecnologia.
Contra a aplicação deste sistema, no entanto, está a irmã de Serena, Venus Williams, bem como Milos Raonic e Gilles Simon. Raonic justificou, alegando que, com o desuso dos juízes de linha nos grandes eventos, estes mesmos perdem uma oportunidade de ganhar experiência, que depois utilizam em torneios menores. "Precisas dessas pessoas para os níveis mais baixos de ténis, em torneios juvenis, por exemplo, não necessariamente sendo juízes de linha, mas para organizar e supervisionar os eventos, para garantir que as coisas estejam no caminho certo. Acho que muitas pessoas adquirem essa experiência trabalhando nos Grand Slam. Então, acho que se tirarem esse aspecto da base, como fazes para treinar essas pessoas?", referiu.
Já Gilles Simon referiu que o sistema não é perfeito, e também erra. "O maior problema é que esse sistema também não é preciso. Eu joguei sem juiz de linha no ATP de Colónia no ano passado e tivemos erros graves. O Hawkeye Live pode ser imparcial e neutro, mas também tem momentos óbvios em que gostaria que as chamadas fossem corretas", referiu ainda.