Numa nota enviada às redações, Vítor Félix, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), deu conta do difícil momento que atravessa a modalidade. A pandemia da covid-19 é a grande culpada, causando "enormes dificuldades", no topo das quais estão "graves problemas de tesouraria".
O futuro dos clubes é a maior preocupação da FPC, fruto das várias limitações impostas pela pandemia da covid-19. "Os clubes não prestam serviços aos associados e aos atletas, o que gera problemas graves de tesouraria", referiu Vítor Félix.
A modalidade, refere o presidente da FPC, tinha até aumentado o número de praticantes em 2020, num "contraciclo em relação às outras modalidades". A justificação passa pelo facto de ser um desporto praticado "ao ar livre", alegando também o presidente em comunicado que o aumento de praticantes poderá também dever-se ao "facto de as provas do calendário nacional terem sido centralizadas em Montemor-o-Velho e terem decorrido sem problemas".
Vítor Félix previu ainda o regresso das competições da canoagem para dia 23 de abril, "com a realização da seletiva interna para o apuramento olímpico".
A preparação olímpica dos atletas, pode-se ler em comunicado, continua, no entanto, com alguns atletas – entre eles Fernando Pimenta e Joana Vasconcelos – em estágio em Sevilha e em Pontevedra, no país vizinho.
"Não há alterações na preparação" para os Jogos Olímpicos, garante Vítor Félix, defendendo ainda que, sobre a realização do evento, "não há nenhuma certeza". Os indicadores, no entanto, "são muito positivos", aludindo aos votos de confiança do Comité Olímpico Internacional e do Comité Olímpico Português, bem como da organização do evento, que o mesmo se irá realizar.