Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, marcou presença no funeral de Marcelino da Mata, em Queluz. O autarca, eleito pelo PS, não evita a polémica à volta do combatente africano e começa por esclarecer que gostou «muito» da atitude do Presidente da República, mas «mesmo sem ele estaria presente».
Para o fundador do CDS, a homenagem ao tenente-coronel Marcelo da Mata é uma oportunidade para «uma reflexão séria sobre o nosso passado ultramarino ou colonial como alguns gostam de lhe chamar».
Basílio Horta rejeita abordar o passado colonial com superficialidade ou entrar numa discussão entre a direita e a esquerda. «A verdade é que a nossa vocação atlântica foi um elemento essencial da nossa própria identidade. O general Eanes disse uma coisa com a qual concordo totalmente: ‘Se não fosse o império, Portugal seria uma Catalunha menor. Isto é verdade», diz o autarca de Sintra.
Ramalho Eanes afirmou, há uma semana, ao Nascer do SOL, a propósito da polémica sobre a remoção dos brasões da Praça do Império, que «sem império dificilmente teríamos mantido a independência em certas épocas».