Esperança em bilhetes

O Carnaval nunca passou tão despercebido mas já contamos quase um ano em que andamos todos mascarados. Vão servindo estas datas para, pelo menos, não nos irmos perdendo totalmente entre dias e meses. O ano, esse, sabemos bem, é o da pandemia. E assim passou metade de fevereiro. E falta já pouco mais de metade…

O Carnaval nunca passou tão despercebido mas já contamos quase um ano em que andamos todos mascarados. Vão servindo estas datas para, pelo menos, não nos irmos perdendo totalmente entre dias e meses. O ano, esse, sabemos bem, é o da pandemia.

E assim passou metade de fevereiro. E falta já pouco mais de metade igual a esta para marcar os 12 meses desde o início da bolha covid.

Deixamos os planos na gaveta, bem como deixámos os disfarces desta data festiva. Só a esperança parece ser verdadeiramente imune ao vírus, já que este tratou há muito de dar cabo da nossa paciência. Mas fosse esse o problema, que a bem ou a mal esta última vai-se renovando. E aqui e ali vão surgindo alguns rasgos de luz que nos confortam. Coisas tão banais como a publicidade a um concerto em 2022. E, por enquanto, não desistimos de pensar que este vai acontecer. E à moda antiga, que só este novo mundo merece ser cancelado de vez.

O concerto dos The Weeknd em Portugal esgotou em cerca de uma semana: está agendado para o dia 25 de outubro de 2022. Há esperança, lá está. Para alguns chega até bem mais cedo, uma vez que o artista vai arrancar a digressão After hours world tour no dia 14 de janeiro do próximo ano, em Vancouver. No total espera concretizar os 104 espetáculos previstos.

E nós também.

Por enquanto, vamos andando por outro tipo de fins de semana ou talvez numa semana sem fim, acertando o calendário entre dias de namorados ou outros carnavais.

Num labirinto podemos andar muitas vezes perdidos até encontrar a saída. Por agora, podemos também andar perdidos no tempo, mas entretanto chegará o Dia do Pai para nos relembrar que entrámos oficialmente na reta final do mês de março.

Com a possibilidade de voltar a abraçar ainda longe da vista, sobra a já tradicional videochamada. E um beijo na testa à distância, já que preenche quase sempre a totalidade do ecrã durante as conversas.