Marta Temido destacou esta tarde conclusões da reunião do Infarmed, afastando para já o início do desconfinamento. Questionada pelos jornalistas, a ministra da Saúde defendeu que não se pode “passar de ume extremo ao outro (…) Este é o momento de nos concentrarmos na contenção da doença, melhorar a resposta a outras doenças, melhorar a vacinação e a proteção dos mais vulneráveis”. Adiantando que os trabalhos estãoa ser feitos e serão apresentados numa próxima sessão, foi perentória: “Este ainda não é o tempo de falar de tempo e falar de modos. Lá chegaremos”.
Na intervenção após o fim da reunião, a 16ª a juntar peritos e decisores, Marta Temido começou por destacar sinais positivos, a confirmação da tendência de redução de casos e diminuição do RT, que em Portugal é agora o mais baixo da Europa. Há no entanto notas de preocupação, salientou, como sinais de relaxamento no confinamento mesmo sem terem sido revertidas medidas. “Os valores a que chegamos, que hoje temos, resultam de um esforço, que se inverter voltaremos a ter numeros de transmissao que nao sao compativeis com o que temos de garantir”, disse.
Marta Temido disse que os cenários de desconfinamento estão ainda a ser equacionado, admitindo que tal como disse que as escolas seriam as últimas a fechar, “é coerente” pensar que serão primeiras a abrir. Salientou no entanto que a esta altura o número de doentes com covid-19 em cuidados intensivos devia ser o número de doentes não covid, com reflexo nas listas de espera. O risco de transmissão das novas variantes é outra preocupação.
DGS prepara norma sobre centros de vacinação. Novas regras de testagem entram em vigor hoje
Marta Temido adiantou ainda que a DGS está a preparar uma norma sobre centros de vacinação, isto depois de na reunião o coordenador da task-force ter dito que no segundo trimestre será necessário alargar os locais de vacinação para o país poder fazer 100 mil vacinas por dia.