Portugal registou, nas últimas 24 horas, 1.186 casos do novo coronavírus e 65 vítimas mortais. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, em relação a sábado, há uma diminuição no número de infeções (1.570) e de mortes (76).
Este foi o dia com menos novos casos registados desde 11 de outubro, quando foram reportados 1090 contágios. Nos últimos sete dias, registaram-se 11 769 casos de covid-19, menos 8573 que na semana anterior. Ou seja, a média diária caiu de 2096 para 1681.
Há também uma descida acentuada no número de mortes: 641 esta semana (média de 91,5 dia), por comparação com 1163 contabilizadas na semana anterior (média de 166 por dia). Foram menos 522 óbitos no espaço de uma semana.
No dia 1 de janeiro foram registadas 66 mortes, aquele que tinha sido o valor mais baixo em 2021. É preciso recuar até 28 de dezembro, quando foram registados 58 óbitos, para encontrar um valor mais reduzido do que o registado este domingo.
Lisboa e Vale do Tejo continua com pior cenário A região que continua a registar o maior número de infeções é Lisboa e Vale do Tejo, com 484. Segue-se o Norte com 358 e o Centro com 202. Este domingo, a Madeira contabilizou 71 casos, mais do que o Alentejo (42) e do que o Algarve (22). O arquipélago dos Açores registou sete infeções.
Também o número mais elevado de óbitos – 35 – ocorreu em Lisboa e Vale do Tejo, havendo 15 no Centro, 11 no Norte, três no Algarve e um no Alentejo. Não há registo de qualquer morte nos arquipélagos.
Internamentos sobem O número de doentes internados voltou a subir, depois de cinco dias consecutivos a descer. Às 23h59 de sábado, estavam 3.316 pessoas internadas nos hospitais portugueses, mais 32 do que na véspera. No entanto, o número de pessoas em unidades de cuidados intensivos desceu: há menos 18 internados do que no sábado, fazendo um total de 638.
Na faixa etária entre os 50 e 59 anos, morreram quatro pessoas, todas elas homens. A seu lado, na faixa etária dos 60 aos 69 anos, morreram sete pessoas, cinco homens e duas mulheres. Dos 70 aos 79 morreram 18 pessoas, 14 homens e três mulheres.
As restantes 37 pessoas que perderam a vida tinham mais de 80 anos, 15 homens e 22 mulheres, sendo esta a única faixa etária em que há mais mulheres a morrer do que homens.
Detetados sete casos da variante brasileira Sete casos de covid-19 associados à variante do Brasil foram identificados em Portugal pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e já reportados às autoridades de saúde, anunciou este domingo o INSA. Segundo o instituto, estes primeiros casos identificados em Portugal, através da sequenciação genómica, já tinham sido sinalizados como suspeitos pelos laboratórios UniLabs e Synlab, no âmbito da colaboração que estes mantêm com o instituto.
À medida que a incidência de covid-19 baixou diminuíram os testes, que atingiram um pico em janeiro quando chegaram a ser feitos mais de 70 mil por dia no país. Porém, nos últimos dias, têm rondado os 30 mil.
O último relatório semanal do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças sobre a situação epidemiológica em cada país, divulgado esta sexta-feira, mostra que na segunda semana de fevereiro Portugal caiu para 17.º lugar na UE no número de testes semanais por 100 mil habitantes, quando no pico desta terceira vaga de casos esteve no top 10.
RT em Portugal é o mais baixo da Europa O índice de transmissão, em Portugal, baixou para metade desde 18 de janeiro e é agora o mais baixo da Europa, segundo a análise do INSA, e dos mais baixos do mundo, segundo as estimativas da universidade Imperial College, no Reino Unido. O relatório semanal do INSA calcula que entre os dias 10 e 14 de fevereiro, o RT nacional situou-se em 0,66, o que significa que cerca dos 100 novos casos de covid-19 deram origem a 66. No primeiro confinamento, nunca atingiu um nível tão baixo.
Os epidemiologistas e peritos sobre a evolução da covid-19 em Portugal vão reunir-se esta segunda-feira no Infarmed com o Governo. De acordo com uma nota do gabinete de António Costa, o primeiro-ministro irá marcar presença por videoconferência.
Na última reunião, o primeiro-ministro pediu consenso sobre a definição de medidas de desconfinamento. Esta reunião servirá para conhecer os dados atuais da pandemia e debater possíveis medidas para o próximo estado de emergência, que terá início em maio.
Os dados revelam que mais 2.306 pessoas recuperam da doença, aumentado para 699.222 o total de recuperados.
Atualmente existem 82.341 casos ativos da doença, menos 1.185 do que na véspera, e as autoridades de saúde têm sob vigilância 86.401 contactos, menos 5.913.