O número de novos diagnósticos de infeção por SARS-CoV-2 continua a baixar e agora todas as regiões do país estão já abaixo do patamar de 480 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, quando se considera que existe risco muito elevado de contágio. Depois de recordes de contágios na maioria dos concelhos do país, em particular em Lisboa e na região Centro, mas também no interior alentejano, Norte, Alentejo e Algarve já saíram mesmo do “vermelho” e registam agora menos de 240 casos por 100 mil habitantes, o patamar de risco moderado implementado no ano passado pelo Governo e que até ao confinamento ditava medidas mais e menos restritivas.
A região de Lisboa, que nesta terceira vaga chegou a passar a barreira dos 2 mil casos por 100 mil habitantes, foi a última a sair do patamar de risco mais elevado. Mantém-se agora ainda no patamar de risco elevado, com 384,6 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias mas uma situação que já não se compara com a que se viveu no fim de janeiro. No Centro, a incidência situa-se agora nos 266 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.
A situação na região Norte é de longe a mais confortável: foi a primeira a sair do vermelho e regista agora 191 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, com uma média diária de 342 casos nos últimos sete dias (em Lisboa foram ainda 741). Alentejo e Algarve estão no patamar dos 230 casos por 100 mil habitantes. A nível nacional, os dados da DGS analisados pelo i mostram que a incidência é agora de 277,8 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, com uma média de 1500 casos nos últimos sete dias, o que já não acontecia desde outubro.
Nos hospitais mantém-se a tendência de alívio, mais rápido em enfermaria do que nos cuidados intensivos. E mais rápido no Norte do que em Lisboa, onde esta semana ainda havia 1600 doentes internados quando no Norte eram já menos de 700. Mas em 15 dias reduziu para metade o número de doentes com covid-19 internados e a pressão nos hospitais aproxima-se da que se registava pela altura do Natal, quando havia 2700 doentes hospitalizados, cerca de 500 em UCI. Mantendo-se a tendência dos últimos sete dias, no início da próxima semana o número de doentes internados poderá rondar os 2000, com as UCI a voltarem a ter menos de 500 doentes com covid-19. Ainda longe da ocupação defendida pelos intensivistas, que argumentam que, com os recursos disponíveis, para o SNS dar resposta a todos os doentes só pode haver 285 camas alocadas à covid.