Angela Merkel, que ainda não foi vacinada contra a covid-19, defendeu que os educadores de infância e professores do ensino básico devem ser vacinados à sua frente.
Numa entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine, publicada esta quinta-feira, a chanceler alemã revelou que está “à espera de ser vacinada”, mas defendeu que uma “educadora de infância” ou “um professor do 1º ciclo” devem ser vacinados primeiro.
“Estas são as pessoas que deveriam estar à minha frente na fila”, considerou.
De realçar que recentemente, a Alemanha decidiu que os professores do ensino básico, educadores de infância e funcionários das creches deveriam ser vacinados mais cedo, uma vez que têm contactos considerados de alto risco. Nestes espaços, a implementação das regras sanitárias, como o distanciamento social ou uso de máscara, torna-se mais difícil, o que levou o governo alemão a considerar que a vacinação deve ser antecipada e que é necessário proteger este grupo profissional.
Na segunda-feira, as escolas e creches reabriram em 10 dos 16 estados alemães, após dois meses fechadas.
Na mesma entrevista, Angela Merkel, de 66 anos, revelou ainda que não será inoculada com a vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a covid-19, uma vez que as autoridades alemãs não recomendam a sua administração a pessoas com mais de 65 anos.
Recorde-se que, na semana passada, a Autoridade Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês) voltou atrás e autorizou a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 65 anos.