O Sport Lisboa Benfica comemora neste domingo 117 anos de existência. Para celebrar a ocasião, o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, cedeu uma entrevista à BTV, onde assumiu a responsabilidade pelo mau momento no clube.
"Só pode haver um responsável [pelo momento do clube], sou eu. Os sócios elegeram-me, na hora da derrota não vale a pena andar atrás de fantasmas. Assumo inteira responsabilidade por tudo aquilo que está a acontecer no Benfica neste momento. Na hora da derrota tem de aparecer sempre quem lidera o clube", frisou Vieira, que se mostrou otimista sobre o resto da temporada. "Neste momento ninguém baixou os braços. Até ser matematicamente possível vamos lutar para ser campeões. Temos uma Taça para conquistar. Ninguém baixa os braços, que acreditem sempre. Para isso é importante estarmos juntos, que os adeptos e sócios apoiem a equipa. Envolve toda a gente. Temos de estar unidos, a pensar sempre que é possível lá chegar", disse.
Sobre o surto do novo coronavírus no clube, Vieira comentou a situação e as reações de Jorge Jesus. "O Jorge falou [sobre o surto], emocionou-se… Sei o que se passa dentro do Seixal. Lembro-me do dia em que tentámos adiar o jogo com o Nacional, fomos fustigados com 27 casos de COVID-19. Dez deles eram jogadores. Sabemos o que se passou dentro do Seixal, a única coisa que os benfiquistas não devem fazer é minimizar, porque é sinal de que não sabem o que é a covid-19", frisou o presidente dos encarnados.
"Nada no Benfica em janeiro foi normal. Isso não se consegue vencer. Mas independentemente disso, garanto que não faltou profissionalismo e dedicação. Hoje essa sombra está a aliviar-se. A situação poderá vir a normalizar. Já estou há cerca de um mês negativo e não sou capaz de subir um lanço de escadas sem parar. O médico diz que vai demorar dois ou três meses, vamos ver", acrescentou ainda.
Sobre a continuidade de Jorge Jesus no clube, Vieira não tem dúvidas. "Claro que ele vai continuar, tem um contrato para cumprir. Porque é que o Jorge Jesus tem de sair? Não é um treinador competente? Nas eleições até as outras duas listas apoiavam o Jorge Jesus. Ele tem doze títulos neste clube. É o treinador que mais títulos conquistou", defendeu, aproveitando ainda para deixar críticas à arbitragem. "Entregámos a carta ao presidente da FPF para que mal acabe o campeonato que haja os estados gerais secretário de estado, presidente da Liga, APAF, associação treinadores. Temos de dar a volta a isto. As coisas não estão bem. Quando veio o VAR pensamos que acabou a contestação, mas não acabou como complicou. Já tive a oportunidade de ir ao VAR. Estou a falar do Moreirense. Não viu os penáltis. Não viu porquê? Há algo que está mal", concluiu.