Seis manifestantes foram mortos hoje em Myanmar por forças de segurança quando estas dispersaram com violência manifestações pró-democracia, a repressão mais mortal desde o golpe, disseram equipas de resgate e um ex-deputado.
Três manifestantes foram mortos em Dawei (sul), enquanto dois adolescentes de 18 anos morreram em Bago (centro), de acordo com equipes de resgate que relataram vários feridos.
Uma sexta pessoa morreu em Yangon, disse um ex-deputado do partido de Aung San Suu Kyi.
Os manifestantes perderam a vida durante uma repressão policial de manifestações contra o golpe militar de 01 de fevereiro.
Myanmar está a viver hoje um novo dia de manifestações em massa, após a violência policial do dia anterior, quando 479 pessoas foram detidas sob a acusação de "protestos contra o Estado".
Apesar da repressão do dia anterior, milhares de birmaneses voltaram hoje às ruas para rejeitar o golpe militar de 01 de fevereiro e exigir a libertação dos políticos eleitos detidos, incluindo a líder deposta e Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
A polícia em Rangum, a antiga capital e cidade mais populosa de Myanmar, voltou hoje a responder duramente, numa tentativa de dispersar a multidão e silenciar a dissidência contra os militares.
Até sábado, oito pessoas tinham morrido em resultado da violência desencadeada após o golpe, três delas mortas a tiro pela polícia, segundo dados da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos na Birmânia, tendo sido detidas desde o início da revolta 854 pessoas, das quais 83 já foram libertadas