A Ordem dos Enfermeiros (OE) afirmou, esta terça-feira, que cerca de 4.750 enfermeiros ainda não foram vacinados contra o novo coronavírus. Um número que pode "pecar por defeito", uma vez que alguns profissionais podem não ter respondido ao inquérito lançado pela Ordem e enviado à task force que coordena a vacinação em Portugal.
"Na sequência do inquérito lançado pela Ordem dos Enfermeiros (OE), responderam 1.250 enfermeiros profissionais liberais e 3.500 do Serviço Nacional de Saúde e dos setores privado e social", lê-se em comunicado.
A OE revela ainda que os cerca de seis mil estudantes de enfermagem que estão em ensino clínico também ainda não foram vacinados e lembra que, a 15 de fevereiro, anunciou que estes estudantes seriam incluídos nos grupos prioritários por estarem expostos aos mesmos riscos que os restantes profissionais de saúde.
"As listagens já foram enviadas à task force, conforme combinado na reunião com o novo coordenador, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo", afirma, acrescentando que, no âmbito do "espírito de colaboração que agora existe", estes profissionais começariam a ser chamados para vacinação a partir de 1 de março.
A OE referiu ainda "as falhas e abusos" nos processos de vacinação. "Face a estes números, a OE não pode deixar de recordar e lamentar as falhas e abusos que pautaram o início do processo de vacinação, que demonstram como muitos profissionais de saúde, que são a nossa única linha de defesa, ficaram por vacinar enquanto muitas outras pessoas foram vacinadas sem serem prioritárias, falseando o processo", lamentou.
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