Apesar da importância fundamental que também os estafetas de comida ao domicílio assumiram ao longo dos últimos tempos, permitindo-nos dar a tão preciosa folga ao avental de cozinha, para muitos um simples jantar fora está na lista de prioridades assim que esse pequeno prazer voltar a ser permitido. Do mais importante às coisas banais do dia-a-dia, tudo parece ter adquirido outro valor e, neste caso concreto, outro sabor. Embora, lá está, não seja só pela comida, mas por todo o ritual que implica ir jantar a determinado sítio, já que no último ano a ‘família’ Uber, Glovo e Bolt deve ter ficado a conhecer a nossa coleção de pijamas, desde a t-shirt à girafa polar. Sair de casa. Espairecer. Quebrar a rotina. Conviver. Já sabemos que este convívio pode variar consoante os riscos associados a cada concelho, podendo o limite de pessoas permitidas numa mesa variar, nalguns casos quatro, noutros seis, em esplanadas talvez a possibilidade de chegar à dezena.
Tudo bem, já passámos por esse teste na primeira tentativa e até ainda antes – afinal, mal sabíamos que o top da remodelada rede social Hi5 viria anos depois a entrar como uma espécie de modelo social. Basicamente, no perfil do Hi5 apresentava-se, além da fotografia pessoal e de um ou outro dado, à semelhança do que acontece no Facebook e noutras redes, um espaço reservado para colocarmos os cinco perfis dos nossos ‘melhores amigos’.
As danças neste top, bem como as entradas e saídas, eram capazes de provocar desentendimentos de meter encarregados de educação ao barulho. Não se vá pensar que só atualmente é que as redes são um foco de perturbação, que vai desde o culto dos corpos perfeitos aos ódios irracionais.
E, agora, quantos jantares de ‘melhores amigXs’ davam uma boa barrigada de riso?