Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto desde 1982, cedeu uma entrevista ao Porto Canal, e não deixou dúvidas sobre determinados assuntos.
Sérgio Conceição, por exemplo, será um nome a manter no clube, garantiu o presidente, que anunciou que irá renovar o contrato ao técnico. "A minha ideia foi sempre que eu, como presidente, não queria outro treinador. Estava certo que ele teria sucesso. O ponto atual? O Sérgio tem contrato. É minha intenção e dele renovar”, garantiu Pinto da Costa.
Também se falou sobre a Liga dos Campeões, e o presidente azul-e-branco mostra-se muito otimista com o desempenho da equipa, acreditando que poderá chegar à final… e vencê-la. “Depois de ter eliminado a Juventus, o FC Porto pode ir à final e ganhá-la. É o meu desejo e esperança, acredito que é possível. Acreditava em 1987 quando ninguém acreditava, o Artur Jorge foi contagiado e passou a acreditar. No futebol não há vinganças. Tirando a final de 1984 com a Juventus, de resto participámos em mais sete finais e ganhámos todas. Seja qual foi o adversário queremos ganhar”, disparou.
Sobre o desempenho no campeonato, no entanto, Pinto da Costa é mais realista. “As condições são ganhar os jogos que nos faltam e esperar os resultado dos outros. Ganhando os nossos garantimos o segundo lugar, que não é nunca o objetivo, mas garante a presença na Champions no ano que vem. Enquanto matematicamente for possível, a equipa entra a pensar no primeiro lugar”, frisou.
O presidente do Futebol Clube do Porto disse ainda achar “incompreensível” a falta de público nas bancadas, fruto da situação de pandemia que se vive. “Nos Açores, onde a situação não está melhor que aqui, proporcionalmente, há gente no futebol. Fizeram um ensaio para ver como corria, correu muito bem mas depois fecharam novamente. É inexplicável que tenha havido público nas touradas, espetáculos de humorista e o futebol que é um deporto ao ar livre, com estádios com capacidade para 50 mil pessoas, não pode ter 10 ou 20 mil pessoas”, lamentou Pinto da Costa.
Houve ainda tempo na entrevista para abordar a suspensão de Raúl Alarcón, que foi acusado de doping, perdendo os seus dois títulos da Volta a Portugal. O presidente azul-e-branco garantiu que a equipa continuará a apostar no ciclismo, e também anunciou que o clube vai recorrer da decisão “até onde for possível, mesmo nos tribunais internacionais”. Pinto da Costa foi ainda mais longe: “Pensa-se que o Alarcón ganhou a Volta porque estava dopado. Mas ele não estava. Ganhou duas Voltas a Portugal e em todas as etapas fez controlo e em nenhuma acusou positivo. Sempre negativo”, defendeu. “Teve um desastre que foi conhecido, em que ficou mal tratado e foi operado. Nessa operação tomou medicação que, se estivesse a correr, não podia… A W52 comunicou isso aos organismos. O que foi acusado é que o seu boletim biológio acusou alterações, mas não dizem se foi doping ou se foi fruto dos remédios que tomou por causa da operação”, explicou Pinto da Costa.