Dia do Pai já lá vai, hoje cumprimentamos a primavera e sorrimos ainda ao Dia Internacional da Felicidade; domingo o Dia do Senhor, mas também Dia Mundial da Poesia e, a provar que o que é bom passa depressa, logo de seguida damos as boas-vindas ao primeiro dia de trabalho da semana. Também tem data a assinalar, no caso em concreto dia 22 de março, o Dia Mundial da Água. Bem demasiado precioso para ir por água abaixo, embora as segundas-feiras tenham intrinsecamente um peso associado que dificulta a partilha com quaisquer outras festividades. Pouco importa ou, melhor dito, as vezes que realmente importam são poucas.
Adiante. A primavera entrou e nós melhores do que nunca, nem que seja pela ilusão da leveza num corte de cabelo. Uma mentira que a balança depressa repõe em pratos limpos, se assim for nosso desejo. Mas falar de tristezas logo no dia da felicidade parece-me injusto, por isso nada como um café na rua a seguir a uma boa refeição. Só de ligar o rádio e abrir a janela, a vida parece uma festa; não se imagine quando abrirem os portões da noite e as bebidas para se permanecer acordado forem outras, mesmo que nalguns casos o copo seja do mesmo tamanho que o shot da bica.
Mas, claro, sem pressas para não se voltar a ficar preso, sobretudo todos aqueles que têm vivido em regime de solitária.
Por enquanto, brindemos com o café, que o azar está longe de morar nos festejos sem bebidas alcoólicas – e mais perto, pelo menos, das celebrações com goles a mais.
E o resto é conversa. De café.
E um poema a acompanhar; afinal «passa tanto tempo num minuto», como escreveu Assis Pacheco.
Há lá melhor receita para o Dia Internacional da Felicidade. E que esta possa manter-se mesmo no primeiro dia de trabalho da semana.