Os primeiros elementos do contingente português que vai ajudar na formação das forças militares moçambicanas partirão para o país na primeira quinzena de abril, confirmou o Ministério da Defesa à agência Lusa.
Segundo a tutela liderada por João Gomes Cravinho, o envio deste contingente de 60 militares portugueses, das forças especiais, é enquadrado pelo novo acordo-quadro de cooperação bilateral que está a ser ultimado pelos ministérios português e moçambicano.
Numa entrevista à mesma agência noticiosa, o ministro já tinha explicado que iriam ser destacados “formadores para formar fuzileiros e comandos”. “São militares que têm essas valências, forças especiais”, indicou, revelado que ficarão no sul do país, perto de Maputo, e no centro.
De realçar que a violência armada na região moçambicana de Cabo Delgado começou há mais de três anos e está a provocar uma crise humanitária sem precedentes, com mais de duas mil mortes e quase 700 mil deslocados. Ontem, o movimento terrorista do Estado Islâmico reivindicou o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.