A Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou, esta sexta-feira, que está a decorrer uma investigação para avaliar os casos de coágulos sanguíneos após a toma da vacina contra a covid-19, desta vez, da Johnson & Johnson, antes de estar disponível na União Europeia (UE).
Segundo o regulador europeu, em comunicado, o seu Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância (PRAC) começou uma revisão "para avaliar relatórios de eventos tromboembólicos (…) em pessoas que receberam a vacina Janssen contra a covid-19" nos Estados Unidos.
A vacina Janssen é de dose única e foi autorizada pela EMA no dia 11 de março, contudo ainda não está a ser utilizada em nenhum dos 27 Estados-membros da UE. A EMA espera que se comece a utilizar esta vacina “nas próximas semanas”, tendo sido iniciada uma análise aos coágulos sanguíneos em casos registados nos Estados Unidos: quatro ocorrências graves, uma das quais fatal.
De acordo com a agência europeia, os relatórios evidenciam um "sinal de segurança", não havendo ainda provas concretas de que existe uma associação causal entre a vacinação com a vacina da Janssen contra a covid-19 e estas situações.
"O PRAC está a investigar estes casos e decidirá se poderá ser necessária uma ação regulamentar, que normalmente consiste numa atualização da informação sobre o produto", salientou a EMA.
O mesmo foi feito pela EMA em relação à vacina da AstraZeneca, agora chamada Vaxzevria, que, depois de uma longa análise, o regulador europeu chegou à conclusão, esta semana, de que poderá existir uma "possível relação" entre a sua administração e a formação de "casos muito raros" de coágulos sanguíneos.