Por Álvaro Covões
Já não podemos voltar atrás. As atividades económicas mais afetadas pela pandemia, como a cultura, restauração, hotelaria, comércio, eventos e animação turística, já não têm condições para resistirem a mais um encerramento.
Os apoios públicos são exíguos para fazer face à perda de trabalho. O fim das moratórias vieram agravar as dificuldades das empresas.
Está em causa a sustentabilidade das empresas e do emprego, e isso já não podemos ignorar.
O direito ao trabalho tem de falar mais alto.
Só nos resta cumprir escrupulosamente as regras do uso da máscara e distanciamento social.
Só nos resta garantir que quem entra em Portugal por terra, mar e ar, entra, porque testou negativo.
Temos de assumir que os vacinamos podem ter acesso a uma tipologia de eventos bolha, em que o distanciamento não seja regra.
Cultura, turismo, restauração e eventos, têm direito ao trabalho e isso sobrepõe-se a qualquer eventual discriminação dos cidadãos. Os vacinados e os não vacinados irão compreender.
O tempo passa rápido e, em breve, todos estaremos vacinados e por isso não podemos proibir que outros trabalhem.
A Europa está dois meses atrasada na vacinação, quando comparada com o Reino Unido e os Estados Unidos.
Mas a bonança virá a tempo de salvar o verão e impulsionar a economia.
Portugal tem de ser e parecer o país mais seguro do mundo.
Só depende de nós.
Só depende dos nossos comportamentos, da nossa vigilância e das políticas implementadas.
Mas a vida tem de voltar ao normal.
E temos de ganhar o campeonato europeu do turismo.
Sejam bem-vindos.
É sempre um prazer receber-vos.