Mas, à medida que vamos crescendo, a ordem muda, o que significa que passam a ser as coleções que nos escolhem a nós. E é nestes momentos que nos apercebemos que não é o cartão de cidadão que dita o momento em que atingimos a maioridade. Com os sonhos de colecionar carrinhos (clássicos ou topo de gama, leia-se), malas ou sapatos devidamente arrumados na gaveta de infância, as coleções de selos dos supermercados ganham espaço nas carteiras, quando não são, aliás, o que de mais valioso se tem por lá. Apesar da fortuna que se transporta em bolinhas autocolantes, também aqui seria oportuno que fosse adotado o sistema das cadernetas de cromos tradicionais, ou seja, que se tornasse possível requerer à entidade em questão os últimos, neste caso, quatro ou cinco selos, de maneira a garantir o pirex maior ainda em tempo útil.
Obstáculos à parte, a coleção de copos já cá canta e o número conseguido dá pelo menos para uma mesa com o atual número de pessoas permitido para uma refeição. E só isso torna-se um motivo válido para brindar.
Sobretudo quando é ainda a partir de casa que os programas principais acontecem.
Embora a cultura também comece agora a desconfinar, a mais recente edição da ModaLisboa (a decorrer até este domingo) é pela primeira vez 100% digital. As coleções para o outono-inverno 2021 vão contar com apresentações de moda de 25 designers, entre os quais Gonçalo Peixoto, que recentemente fez a sua estreia na Semana da Moda de Milão, tornando-se o mais jovem designer português de sempre a desfilar as suas criações na cidade da moda e do design.