Aproximamo-nos da estação do ano fundamental para a retoma económica, ao mesmo tempo que estamos na ponta final da luta contra a pandemia. É altura para pensarmos mais no futuro e trabalharmos para (re)construir um país mais justo e mais rico. Mais justo socialmente e com empresas mais fortes e rentáveis. O processo de vacinação, apesar dos percalços causados pelo atraso na entrega das quantidades acordadas, está a funcionar.
E, por isso, este verão será o início da nossa retoma económica, onde o país e as empresas têm de planear uma vaga de turismo interno e outra vaga de turismo externo. Temos de promover o nosso destino nos mercados europeus não habituais, reorganizar a oferta, garantir a segurança e criar os conteúdos suficientemente atrativos para ganharmos a guerra do turismo na Europa. Temos o clima, a paisagem, o património, o povo afável, o vinho e a cerveja, a gastronomia, as infraestruturas. Apenas temos de reorganizar os conteúdos.
As regiões têm de trabalhar em conjunto e estruturar uma nova oferta. Lisboa tem de vender Fátima ou Évora. O Algarve tem de vender o Douro. Experienciar Portugal tem de ser o mote.
Lisboa e Porto têm de recuperar os fluxos, sejam eles internos ou externos. Temos de usar todos os nossos tesouros para tornar o destino ainda mais apelativo. O tratado de Tordesilhas, a coroa real, todas as raridades relevantes têm de ser disponibilizadas para visitas.
Temos de mostrar ao mundo que fizemos a globalização. No século XV criámos as rotas comercias e culturais entre a Europa, África e Ásia e, mais tarde, as Américas. No século XX, inventamos o pré-pago para os telemóveis, fazendo a segunda globalização. Tornamos assim as comunicações acessíveis aos mais pobres e analfabetos, que puderam pela primeira vez manter os laços com os familiares que se viram obrigados a emigrar. Criámos a primeira geração de emigrantes que não perdeu os laços com as suas origens.
E muitas mais histórias, deste povo humilde, mas genial que são os portugueses.