A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, pediu, esta quarta-feira, aos restantes países do mundo para atingir a neutralidade climática em 2050, ao seguir os passos a tomar pela União Europeia (UE).
"A Europa quer ser o primeiro continente do mundo climaticamente neutro. Mas, para salvar o planeta, precisamos do mundo. Precisamos que todas as grandes economias assumam as suas responsabilidades", assinalou von der Leyen, enquanto discursava no cimeira virtual sobre a mudança climática organizada pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
A sua intervenção acontece um dia depois de os legisladores da UE terem concordado com uma redução nas emissões líquidas de CO2 de pelo menos 55% em 2030, equiparando com os níveis de 1990, na sequência da Lei Climática, que também impõe a meta de neutralidade para 2050.
Para a presidente da CE, as grandes potências devem trabalhar “num compromisso compartilhado e numa ação conjunta, para reduzir as emissões até 2030”.
"Isso irá colocar-nos no caminho de sermos climaticamente neutros em 2050. E é disso que o nosso planeta precisa", indicou Ursula von der Leyen, alertando para o facto de as temperaturas estarem "perigosamente próximas a 1,5 graus do aquecimento global".
Assim, a comunidade internacional, defendeu Von der Leyen, deve "reforçar a unidade global com novos e mais ambiciosos objetivos", que cumpram o Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura média global no final do século para abaixo de 2 graus Celsius em relação a níveis pré-industriais, sem exceder os 1,5 graus.
"O Acordo de Paris é o seguro de vida da humanidade", sublinhou Von der Leyen, que disse que a ciência revela que "ainda não é tarde, mas temos que nos apressar" e "estar preparados para mais ações climáticas".
Ursula Von der Leyen também agradeceu o regresso dos EUA à luta contra as alterações climáticas, ao mudar completamente a trajetória liderada pelo ex-Presidente Donald Trump.