O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Infraestruturas e dos Transportes, Pedro Nuno Santos, foram, esta segunda-feira, recebidos com dois protestos em Valença, no distrito de Viana do Castelo, numa visita para assinalar a eletrificação da Linha do Minho.
Um dos protestos estava relacionado com o encerramento de fronteiras com a Galiza devido à pandemia de covid-19 e o outro era de trabalhadores das Infraestruturas de Portugal (IP). Enquanto, António Costa se recusou a falar com os manifestantes, Pedro Nuno Santos acabou por trocar algumas palavras acesas com membros da Comissão de Trabalhadores da IP.
Após ser acusado de não receber nem ouvir a Comissão, o ministro afirmou que é, provavelmente, dos ministros que mais se reúne com os sindicatos. No entanto, Fernando Semblano, porta-voz dos trabalhadores, considerou que o ministro não estava a ser “correto”.
"Desde 2009 que não temos aumentos salariais, que nos empurram com a barriga para as Finanças e para as Infraestruturas. Não podemos aceitar mais isto", disse. Há cerca de 3.800 trabalhadores que "não são valorizados e que não foram integrados no plano de vacinação contra a covid-19", sublinhou.
Já o primeiro-ministro, António Costa, remeteu os trabalhadores para uma reunião com o presidente da IP, presente na inauguração da Linha do Minho.