A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca considerou “sem fundamento” a ação judicial que a União Europeia (UE) decidiu avançar devido ao atraso na entrega das vacinas contra a covid-19, garantindo que irá defender-se “firmemente”.
Segundo um comunicado, a AstraZeneca disse ter "respeitado totalmente" o contrato assinado com a Comissão Europeia e espera ter "a oportunidade de resolver o litígio o mais rapidamente possível", ao assumir estar preparada para entregar 50 milhões de doses até ao final de abril, "em conformidade com as previsões".
Já a UE afirmou o contrário, ao argumentar que AstraZeneca falhou por duas vezes: No primeiro trimestre deste ano só entregou apenas 30 milhões de vacinas para a UE, das 120 milhões de doses que tinha prometido no contrato; e também no segundo trimestre, só irá conseguir entregar 70 milhões das 180 milhões de vacinas que inicialmente previu.
"As vacinas são difíceis de fabricar, como demonstraram os problemas encontrados por várias farmacêuticas na Europa e no mundo. Estamos a fazer progressos para ultrapassar os desafios técnicos e para que a nossa produção melhore", alegou o laboratório anglo-sueco.
Porém, a AstraZeneca insiste e diz que precisa de mais tempo para conseguir aumentar o volume de produção de doses para distribuição.
Quem está do lado da farmacêutica é o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que numa declaração avançada, esta segunda-feira, pelo porta-voz do Governo, reiterou o apoio à AstraZeneca, ao considerá-la "uma parceira muito forte para o Reino Unido e para o mundo".
"Constitui uma parte crucial de nosso programa de imunização e esperamos continuar a trabalhar com eles", acrescentou Johnson.
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