Os portugueses estão, atualmente, a ganhar menos que há 10 anos. A garantia é dada pela Fixando, através de um inquérito realizado na última semana, junto de 53% de 16280 utilizadores da plataforma que alegam que auferiam, em média, mais 115 euros mensais em 2011.
Segundo os dados, mesmo os que atualmente recebem mais que o salário mínimo atual de 665 euros, “encontram dificuldade em gerir as finanças”. Além disso, 69% da amostra considera “absolutamente injusto o ordenado que recebe, tendo em conta as funções que desempenha”.
Já 46% dos inquiridos revela que encontra numa “péssima situação laboral”.
“Ainda assim, e refletindo sobre os últimos 10 anos, ficou-se a saber que 34% nunca mudou de emprego, 25% mudou por ambicionar mais, 15% por ter sido despedido e 12% devido a falência do empregador”, revelam os dados desta plataforma divulgados esta terça-feira.
Já no que respeita à perceção da situação laboral em Portugal, 61% atribui uma avaliação “extremamente negativa”, sendo que 69% considera os atuais salários no país “muito injustos”.
No entanto, ainda segundo os resultados deste inquérito, os inquiridos depositam alguma esperança no futuro: 52% acredita que no espaço de dois anos a sua situação laboral será muito melhor do que a atual, mas sem expectativas de aumentos superiores a 10%.
Face a este cenário pouco favorável, 57% considerou trabalhar no estrangeiro, o que, caso acontecesse, “elevaria sobremaneira a taxa de emigração por razões laborais/salariais, a exemplo do que já aconteceu com o abandono do país por parte de quase toda uma geração – os millennials”.