O uso de máscara agravou as crises de cefaleias e enxaquecas dos portugueses. Quem o diz é um estudo da autoria da Sociedade Portuguesa de Cefaleias e da Migra – Associação de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias.
Segundo o estudo, mais de metade (56%) dos cerca de cinco mil inquiridos desenvolveu cefaleias após o uso prolongado de máscaras. “Cerca de metade das pessoas que responderam ao questionário tiveram um novo tipo de crises que também poderão estar associadas à utilização de máscaras durante um período prolongado", explicou Madalena Plácido, presidente da Migra, à rádio TSF.
"Os doentes que já costumam ter várias crises falam desse efeito de estarem pior e o resto das pessoas à volta, nomeadamente entidades patronais, acabam por não acreditar e este estudo vem demonstrar que de facto parece existir este efeito, não é uma invenção", sublinhou.
No entanto, Madalena Plácido considera que o uso de máscara “é essencial” e reitera que o objetivo do estudo não fazer com que as pessoas deixem de utilizar este equipamento de proteção individual. Mas é necessário “encontrar estratégias alternativas, como o teletrabalho, a hidratação, não ter períodos de jejum prolongado e fazer pausas frequentemente para tirar a máscara num sítio que é seguro fazê-lo", para atenuar as dores de cabeça.