A Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública considera estarem reunidas as condições para iniciar a última etapa do desconfinamento, prevista para a próxima segunda-feira, mas alerta para a necessidade de continuar com as medidas de proteção ao combate da pandemia de covid-19
"Os indicadores têm-se mantido estáveis e assim pretendemos que continuem e, portanto, atendendo à matriz de risco que tinha sido identificada do ponto de vista global estão reunidas as condições para avançar", disse, esta quarta-feira, Ricardo Mexia, presidente da associação, à agência Lusa.
Para o médico, será necessário "afinar as situações mais locais, mais regionais, que possam eventualmente estar mais afastadas desta realidade [situação epidemiológica da covid-19 a nível nacional]”. O epidemiologista considera ainda que o desconfinamento terá de ser acompanhado de medidas de proteção contra a covid-19, enquanto a situação não estiver “absolutamente controlada”. Assim deve ser mantido o uso de máscara, a lavagem frequente das mãos e a distância de segurança.
"É evidente que à medida que vamos aumentando a cobertura vacinal também podemos encarar esta progressão com maior confiança", salientou. No entanto, é preciso “manter a guarda” no que diz respeito às variantes que circulam no país.
"Temos que monitorizar isso [as novas variantes] de forma muito próxima e tentar reduzir o potencial dessas introduções [no país] (…). Portanto, se o pudermos fazer a montante do problema, evitando que haja essas introduções, seguramente que é uma opção mais vantajosa para todos nós", sublinhou.